Bolsonaro acata sugestão de Valdemar de colocar Rogério Marinho como presidente do PL
- Jason Lagos
- 14 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de out. de 2024

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu aval ao nome do senador Rogério Marinho (PL-RN) para substituir Valdemar da Costa Neto na presidência do PL a partir de 2025.
Bolsonaro acredita que Marinho, o preferido de Valdemar para o posto, é, atualmente, um nome mais adequado. O parlamentar, segundo o ex-presidente, estaria mais disponível para exercer a função do que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Atualmente, Marinho conduz os diálogos de apoio das bancadas do PL com candidatos às sucessões da Câmara e do Senado. Eduardo, por sua vez, realiza viagens pelo Brasil e para o exterior representando o PL.
Eduardo já confirmou, por exemplo, presença no Estados Unidos no próximo dia 5, data em que será realizada a eleição americana, a convite da comitiva de Donald Trump. Ele também mantém contato com o presidente argentino Javier Milei e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Eduardo tem se colocado como interlocutor de lideranças estrangeiras enquanto Bolsonaro está proibido de deixar o país e com o passaporte apreendido por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Recentemente, por exemplo, Eduardo começou a fazer aulas do idioma árabe e passou a viajar com frequência para o Oriente Médio, onde se encontra com lideranças conservadoras e religiosas.
A ideia no PL é que todos os estados tenham eventos periódicos com os políticos locais, o que manteria a militância conservadora mobilizada. Valdemar, ainda que deixasse a presidência do partido, seguiria em um cargo executivo, controlando recursos e responsável por articulações políticas.
Líder da oposição no Congresso e ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo de Bolsonaro, Marinho é visto como um nome com boa capacidade de articulação.
Anteriormente, Valdemar havia se mostrado favorável à troca de comando e indicado que Eduardo Bolsonaro assumiria em seu lugar, mas reavaliou a posição por acreditar que o filho do ex-presidente não teria tempo suficiente e passou a defender o nome de Marinho.
A troca de comando da legenda passou a ser discutida há algumas semanas pelo fato de Valdemar estar proibido de ter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após os dois se tornarem alvo de investigação que apura suspeitas de tentativa de golpe de estado.
Créditos: O Globo




Comentários