Ato com presença de Bolsonaro rejeita impeachment e aposta que Lula vai definhar no cargo
- Jason Lagos
- 17 de fev.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados definiram como mote para os atos marcados para 16 de março “Fora Lula 2026, anistia já”, descartando, desse modo, a defesa do impeachment do petista.
A aposta, em outras palavras, é manter Lula no cargo com a expectativa de que definhe politicamente e chegue fraco à eleição do ano que vem. A pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14), mostrando declínio acentuado na aprovação do petista, animou os bolsonaristas.
O raciocínio é que um eventual impeachment, ainda que hoje seja bastante improvável, poderia dar a chance ao atual vice, Geraldo Alckmin (PSB), de reorganizar a base aliada com apoio do centrão.
A estratégia de Bolsonaro se choca com a defesa explícita do afastamento de Lula feita por deputados da direita, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), que vêm chamando para os atos com essa bandeira.
O ex-presidente também quer colocar a defesa de anistia para os presos do 8 de Janeiro na pauta das manifestações, que ocorrerão em diversas cidades.
Até por isso, Bolsonaro tende a deixar de lado o ato da avenida Paulista, que tem Zambelli como uma das divulgadoras, e deve comparecer a um ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, organizado pelo pastor Silas Malafaia.
A pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" na sexta-feira (14) aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula (PT) e que 41% reprovam. Dos entrevistados, 32% avaliam o governo como regular, e 2% não souberam ou não responderam.
A avaliação negativa do governo entre católicos é de 36%. A avaliação positiva, que era de 42% em dezembro de 2024, agora é de 28% - uma queda de 14 pontos percentuais. Entre evangélicos, a avaliação positiva saiu de 26% em dezembro para 21% atualmente - 48% dos entrevistados neste segmento religioso avaliam o governo Lula ruim ou péssimo. Esses foram os piores números de Lula em seus três mandatos.
Uma outra pesquisa, desta feita do Ipec (ex-Ibope), divulgada no sábado, 15, revelou que 62% dos brasileiros acreditam que o presidente da República, não deveria se candidatar à reeleição no ano que vem. Em setembro do ano passado, esse porcentual era um pouco menor: 58%.
Créditos: Folha SP e G1




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