Ataque de Israel contra alvos nucleares e lideranças militares no Irã deixa mundo em alerta máximo
- Jason Lagos
- há 3 dias
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O ataque de Israel contra instalações nucleares no Irã, nessa quinta-feira (12), bem como contra importantes importantes lideranças militares, deixa o mundo em alerta máximo para possível escalada bélica envolvendo outras nações.
Embora os Estados Unidos afirmem não ter se envolvido na coordenação da operação de Israel, o histórico apoio dos norte-americanos ao país judeu coloca, de maneira indireta, a maior potência do mundo no radar de uma retaliação. Outro ponto de apreensão é a “cooperação bilateral” entre os iranianos e a Rússia.
Após o programa nuclear do Irã ter sido atingido, o governo do país anunciou que vai retaliar a ação bélica. Um comunicado divulgado pelas Forças Armadas do Irã falou sobre possível operação de resposta. O texto diz, inclusive, que pontos dos Estados Unidos no Oriente Médio podem ser alvo de ataque.
O general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, foi morto durante os ataques de Israel.
Bagheri era o militar de mais alta patente do país e um dos nomes mais influentes na hierarquia do regime iraniano. Ele foi o segundo oficial de alto-escalão que teve a morte confirmada no ataque.
O general Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), também foi morto nos ataques, segundo relatos de diversos veículos de comunicação estatais iranianos.
A TV estatal e outros meios de comunicação iranianos citam múltiplas baixas entre os principais quadros militares do país.
A ofensiva israelense foi classificada pelo governo de Israel como um “ataque preventivo” e teve como alvos militares e estratégicos dentro do território iraniano. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a operação incluiu instalações nucleares e deve se estender por vários dias.
Segundo informações do jornal The Times of Israel, o governo israelense declarou estado de emergência em todo o país devido à operação.
“Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, espera-se um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil em um futuro próximo”, afirmou Katz em comunicado, razão pela qual o ministro assinou “uma ordem especial, segundo a qual um estado de emergência especial será imposto na frente interna em todo o Estado de Israel”.
O Comando da Frente Interna das Forças de Defesa de Israel (FDI) proibiu todas as atividades educacionais, aglomerações e atividades em locais de trabalho, com exceção de setores essenciais.
Donald Trump havia pedido na tarde desta quinta-feira a Israel que não atacasse o Irã e desse uma chance à diplomacia. Horas depois, os ataques israelenses começaram.
Não veio do presidente, e sim do chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, a primeira reação dos Estados Unidos, neutra e concisa. Segundo ele, Israel informou que a operação era "necessária para a sua defesa".
Rubio esclareceu que Washington não participou dos ataques, e disse que a prioridade do governo americano é proteger suas forças na região.
Créditos: Metrópoles, CNN Brasil, Gazeta do Povo e AFP
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