Aspartame, usado na Coca Zero, deve ser declarado como possivelmente cancerígeno pela OMS
- Jason Lagos
- 13 de jul. de 2023
- 2 min de leitura

O aspartame, um adoçante não calórico comum em refrigerantes light e alimentos doces, pode ser declarado "possivelmente cancerígeno para humanos" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade vai emitir em julho novas recomendações sobre o consumo desse produto.
Serão publicados dois documentos. Um deles é do Centro Internacional de Pesquisas sobre Câncer (IARC) e o outro é do Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares, que é comandado pela OMS juntamente da FAO, braço das Nações Unidas para assuntos de Alimentação e Agricultura. Nesse último, se revisarão as recomendações com base nos pareceres do IARC.
As classificações do IARC tem diferentes gradações, entre elas o cancerígeno (Grupo 1). o possivelmente cancerígeno (Grupo 2A), o provavelmente cancerígeno (Grupo 2B), entre outros.
Desde 1981, os especialistas da OMS e da FAO vinham sinalizando que o consumo era seguro "dentro de determinados limites". O aspartame é largamente usado desde essa década de 1980 em produtos - um dos mais famosos é a Coca.
Os dois documentos são confidenciais até 14 de julho, quando devem ser divulgados no site da OMS e na revista The Lancet Oncology.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que o aspartame é um aditivo alimentar com as funções de edulcorante ("substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento") e de realçador de sabor ("substância que ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento").
Segundo a agência, a substância "vem sendo objeto de extensa investigação", mas "existe um consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro, quando consumido dentro da ingestão diária aceitável".
"Até o momento, não houve uma conclusão sobre a possível alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame, de modo que a Anvisa seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema", informa o órgão.
Créditos: Estadão
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