Após ganhar ministério, Republicanos diz que não será base do governo Lula

O partido Republicanos afirmou que, mesmo após ser agraciado com um cargo de primeiro escalão no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não será parte da base aliada no Congresso Nacional.

Nesta quarta (6), Lula confirmou a nomeação do deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE) como o novo ministro de Portos e Aeroportos. Ele deverá tomar posse na semana que vem, assim como André Fufuca (PP-PE) no Ministério do Esporte.

Em nota publicada nesta quinta-feira (7), o Republicanos diz que “seguirá atuando de forma independente” e a nomeação de Costa Filho “trata-se exclusivamente de um convite pessoal e direto do presidente Lula”.

Além disso, o futuro ministro deve se licenciar de suas funções partidárias, tanto da presidência do partido em Pernambuco quanto do cargo de 1º tesoureiro na Executiva Nacional do Republicanos.

Com a acomodação do PP e do Republicanos na Esplanada dos Ministérios, o governo espera ter uma base mais sólida na Câmara, com o apoio de uma parte mais expressiva dessas bancadas em matérias consideradas prioritárias no Congresso.

Porém, não será uma adesão plena, já que os dois partidos possuem quadros ligados ao bolsonarismo. Além disso, o Republicanos abriga um possível adversário de Lula nas eleições de 2026: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O Republicanos foi base do governo Jair Bolsonaro e apoiou a reeleição do ex-presidente em 2022. A legenda tem lideranças ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus.

Ainda assim, há a expectativa de que o Republicanos também passe a comandar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão historicamente cobiçado pelo centrão.

Créditos: Jornal O Tempo