Após declarações contrárias de Humberto Costa, PT recifense ratifica aliança com João Campos
- Jason Lagos
- 25 de out. de 2023
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Dois dias depois de o senador Humberto Costa, que é coordenador nacional do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, afirmar que não há nada definido em relação à eleição do Recife, o presidente do partido na cidade, Cirilo Mota, referendou por meio de nota a aliança política com o PSB para 2024.
Humberto, segundo um dirigente do PT estadual, acha que para apoiar o prefeito “o partido precisa ser tratado como protagonista e não mais como coadjuvante, como acontecia na época do governador Eduardo Campos”.
Isso incluiria, não só compromissos claros com políticas públicas voltadas para a população carente, como um vice-prefeito escolhido pelo PT, mas acordado com João Campos só a partir da escolha partidária e uma sinalização sobre a eleição de 2026.
No encontro desta terça (24), o PT também definiu que Cirilo será o coordenador do GTE no Recife, dando mais legitimidade à construção da aliança. Já o vereador Osmar Ricardo vai conduzir a montagem da chapa proporcional. Atualmente, a sigla possui três representantes da Casa de José Mariano.
O PT trabalha para ser um ator de destaque no próximo ano, e um dos caminhos é garantir a vice de João Campos (PSB). Entretanto, com o apoio dos petistas já encaminhado para o seu projeto de reeleição, o socialista não tem pressa no que diz respeito à formação da chapa majoritária.
Embora Humberto tenha uma forte influência junto à cúpula nacional do PT, dificilmente uma briga seria comprada para mudar a decisão já anunciada pelos filiados do Recife. Subir em outro palanque que não seja o de João Campos, parece não fazer parte dos planos de Lula, que não tem medido esforços para ajudar a gestão municipal com recursos.
Nos corredores da Assembléia Legislativa o comentário ontem era de que Humberto tem um osso atravessado na garganta em relação ao prefeito desde 2022. Na época, o governador Paulo Câmara havia encomendado uma pesquisa testando nomes do PSB e do PT para governador e essa mesma pesquisa concluiu que Humberto era o nome mais forte para o Governo. Para senador, o próprio Paulo Câmara aparecia bem.
Marcou-se então uma conversa com Lula em São Paulo com a presença de Humberto e Paulo Câmara para mostrar a pesquisa. João Campos tomou conhecimento e chegou de surpresa ao encontro, onde teria dito que o PSB não abriria mão de indicar o candidato a governador. Ou seja, rifou Humberto para escolher Danilo Cabral, que acabou em quatro lugar.
Créditos: Blog Cenário e Blog Dellas




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