Após crise do Pix, governo volta a apanhar nas redes por conta de prazo de validade para alimentos
- Jason Lagos
- 24 de jan.
- 2 min de leitura

Mal a crise do Pix começou a esfriar, o governo Lula (PT) enfrenta nova onda de críticas nas redes sociais – desta vez, por causa da ideia de mudar o formato da data de validade de alimentos. A sugestão nem partiu propriamente do governo, veio do setor de supermercados, mas está sendo explorada pela oposição, que consegue atuar na internet com mais habilidade, alcance e efetividade. Diante das críticas, o governo teve de recuar.
O governo Lula havia afirmado que estava buscando formas de combater a inflação dos alimentos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deu entrevista dizendo que medidas sugeridas pelo setor de supermercados poderiam ser implementadas ainda no primeiro bimestre do ano.
Rui Costa não detalhou as medidas, mas já era sabido que o setor produtivo havia sugerido a troca nas regras da validade dos alimentos, de uma data-limite definida para a frase “melhor consumir antes de…”, o que já ocorre em países como os Estados Unidos.
A oposição, então, começou a acusar o governo de querer permitir a venda de comida estragada. “A picanha não veio, e se vier, será podre”, provocou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Diante da nova onda de críticas, o governo se apressou em negar a adoção da medida.
Empossado em 14 de janeiro para ajudar o governo a se comunicar melhor, o publicitário Sidônio Palmeira já enfrenta o segundo grande desafio na Secretaria de Comunicação (Secom): o primeiro foi relacionado à fiscalização das transferências via Pix e acabou em recuo e cancelamento de instrução normativa da Receita. Em ambos os casos, o debate foi dominado pelos políticos de direita.
“Se não fossem as redes sociais, o governo Lula poderia colocar alimentos vencidos no prato do povo brasileiro. Por isso, é fundamental continuar falando, questionando e cobrando”, escreveu o senador Flávio Bolsonaro nas redes sociais.
Em uma outra frente de combate ao governo Lula, a oposição prepara um pedido de impeachment do presidente pela prática de "pedalada fiscal". Uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de bloquear R$ 6 bilhões em recursos destinados ao programa Pé-de-Meia desencadeou uma forte reação entre políticos da oposição, que levantaram a possibilidade de impeachment do presidente Lula.
Anunciada na quarta-feira, 22, a medida cautelar argumenta que os valores alocados no programa não foram devidamente previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), caracterizando o que alguns parlamentares chamaram de “pedalada fiscal”.
A notícia repercutiu imediatamente entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com críticas e convocações para manifestações populares.
Créditos: Metrópoles




Comentários