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Após 20 anos, José Augusto Maia poderá, enfim, disputar uma eleição sem nenhuma pendência jurídica

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 20 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

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O ano de 2004 foi o último no qual José Augusto Maia, então prefeito e candidato à reeleição, disputou um pleito eleitoral sem questionamentos de ordem jurídica. Em sua disputa seguinte, no ano 2010, quando concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados, o político teve que recorrer pela primeira vez a uma liminar, a fim de garantir o nome na disputa.


Na eleição de 2012, quando concorreu mais uma vez à Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, os questionamentos jurídicos não o impediram de se candidatar, mas a contrapropaganda do seu então concorrente, Edson Vieira, afetou duramente sua imagem. Tachado de "ladrão de merenda" até em música de campanha, o até então invicto José Augusto Maia perdeu a eleição por quase três mil votos.


No ano de 2014, embora persistissem os processos judiciais, o que o tirou da campanha eleitoral à reeleição foi uma artimanha muito provavelmente orquestrada por dois "Eduardos": o Campos, então ex-governador e candidato a presidente da República, e o Da Fonte, deputado federal e mandachuva do PROS, partido do qual Zé Augusto era presidente estadual. O nome de Zé Augusto simplesmente não foi incluído na ata do partido enviada à Justiça Eleitoral com a relação dos candidatos da legenda.


Ainda inelegível em 2018, José Augusto escalou o filho, o advogado Tallys Maia, para ser candidato a deputado estadual em seu lugar. Apesar de uma boa votação local (7.372 votos), Tallys ficou longe de obter uma cadeira na Alepe.


Incentivado pela deputada federal Marília Arraes, que seria derrotada na eleição para o governo do Estado de 2022, Zé Augusto concorreu mais uma vez a um mandato de deputado federal sob liminar da Justiça obtendo 8.283 votos em Santa Cruz do Capibaribe, ficando em terceiro lugar.


Pré-candidato a prefeito na eleição do ano que vem, o ex-deputado federal obteve uma importante vitória na Justiça no mês em curso, que foi a absolvição em um processo no qual havia sofrido condenação por improbidade administrativa.


O processo em questão tratava de uma compra realizada, no período de seu segundo mandato de prefeito, em uma empresa de titularidade de um filho do vice-prefeito Zé Elias, já falecido. À época, a Justiça julgou a compra irregular, apesar da empresa pertencer legalmente, e há vários anos, ao filho do vice-prefeito, e não ao pai.


No mesmo processo, na parte criminal, José Augusto foi condenado à prisão. Contudo, como as acusações foram as mesmas, espera-se para as próximas semanas ou meses o mesmo desfecho do processo da área cível, ou seja, a absolvição. Isso acontecendo, Zé Augusto, finalmente terá a ficha "cristalina" (no seu modo de dizer).


Aos mais próximos, o ex-deputado afirma que pretende, sim, concorrer à Prefeitura em 2024, e que procurará um deputado estadual e um deputado federal que possam dar sustentação política e financeira à sua pretensão. A absolvição de agora é um incentivo a mais nessa direção.

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