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Alexandre de Moraes envia a Polícia Federal ao gabinete do senador Marcos do Val

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 15 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

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O envio da Polícia Federal pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao gabinete do senador senador Marcos do Val (Podemos-ES) deixou a Casa em alerta. Alguns parlamentares que estavam em Brasília na tarde de quinta-feira, 15, telefonaram ou pediram para conversar pessoalmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele atendeu a maioria dos pedidos e confirmou que foi informado previamente da ação da PF.


Até agora, o ministro havia confrontado a Câmara, sobretudo no episódio da prisão do deputado Daniel Silveira (RJ) – e depois com o bloqueio de perfis de conservadores nas redes sociais. Mas o Senado não. A avaliação é que Moraes respeitava essa linha porque o Senado é a única Casa com poderes constitucionais para frear o Judiciário – por exemplo, pautar um pedido de impeachment de um ministro do Supremo.


Desde a Constituição de 1988, só três senadores tiveram o mandato cassado. São eles: Luiz Estevão, em 2000, por causa de desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo; Demóstenes Torres pelas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em 2012; e Delcídio do Amaral, em 2016, por desdobramentos da Lava jato. Desses três, Luiz Estevão e Delcídio foram presos, mas os processos foram submetidos ao plenário do Senado.


Um senador comentou em off: “Já imaginou se o ministro acata o pedido da Polícia Federal, comandada por Flávio Dino, e manda prender o Marcos do Val, que integra a CPMI do 8 de janeiro? Pior: ele está no Espírito Santo, hoje é aniversário dele, mas e se estivesse no gabinete?”.


No início da noite desta quinta-feira (15), o senador Hamilton Mourão postou o seguinte no Twitter: "Ver a PF fazendo operação de busca e apreensão, dentro de um gabinete no Senado Federal e ainda bloquear as redes do parlamentar no dia do seu aniversário, parece-me mais vingança do que dever de ofício".


Parlamentares petistas zombaram do senador Marcos do Val. “Está rolando operação da Swat?”, interpelou o senador Randolfe Rodrigues, no Twitter. “Ah não, na verdade é mais uma operação da Polícia Federal do Brasil contra os golpistas que tentaram atacar nossa democracia. Que paguem por seus crimes.” Do Val é membro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de Janeiro.


“Caiu a casa do Marcos do Val”, atacou o deputado Lindbergh Farias. “PF faz busca e apreensão contra o bolsonarista que tentou armar para Alexandre de Moraes, fechar STF e planejar golpe contra a democracia. Mentiu, desmentiu e se enrolou todo de tanto crime que cometeu. Que Swat que nada, aqui é Vingadores.” Durante uma sessão na CPMI, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse ser um “vingador”.


Em entrevista à CNN nesta quinta-feira o senador Marcos do Val comentou os mandados de busca e a apreensão em endereços ligados a ele. Do Val disse que as buscas desta quinta podem ser configuradas como abuso de poder, e afirmou não se preocupar com as acusações.


O senador afirmou que já esperava uma operação deste tipo desde abril, e disse que quem enfrenta o sistema “sozinho” sabe que terá uma “represália”. Sobre a participação na CPMI do 8 de janeiro, o senador afirmou que a presença dele “sempre foi um incomodo”, mas que ele se sentiria “confortável” em seguir na comissão.


Créditos: Revista Oeste e CNN Brasil

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