1º de Maio com Lula e 9 ministros tem público diminuto em São Paulo
- Jason Lagos
- 2 de mai. de 2024
- 2 min de leitura

O ato de 1º de Maio para celebrar o Dia do Trabalho com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou com pouco público nesta 4ª feira (1º). O evento foi organizado por centrais sindicais com o apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras – a estatal desembolsou cerca de R$ 3 milhões.
Imagens compartilhadas nas redes sociais e divulgadas por emissoras de televisão mostram que o público ficou concentrado em uma área de aproximadamente 2.500 m² no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo. Além de Lula, participaram 9 ministros de Estado.
Apesar de não haver uma estimativa de público, era visível que havia poucas pessoas presentes. Durante seu discurso, Lula queixou-se do ato esvaziado. O presidente cobrou o ministro Márcio Macêdo e disse que o evento havia sido “mal convocado” e que não foi feito o “esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”.
Macêdo disse que o ato de 1º de maio é “historicamente convocado, organizado e comandado pelas centrais sindicais” e que não é de responsabilidade do governo essa organização.
Durante sua fala, Lula pediu votos para o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol). O atual mandatário do país disse que quem votou nele nas eleições presidenciais nas quais concorreu “tem que votar no Boulos”.
O principal adversário de Boulos nas eleições de 2024 é o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Ele disse que sua campanha vai ingressar na Justiça contra a fala do presidente, assim como o précandidato a prefeito e deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).
Procurada para falar sobre o patrocínio ao evento, a Petrobras disse que “o patrocínio foi realizado pelo programa Petrobras Cultural e que respeitou todas as etapas jurídicas necessárias para a sua liberação.Com o patrocínio, a Petrobras busca reforçar sua imagem como apoiadora da cultura brasileira”, disse. A empresa recusou-se a comentar a fala do presidente Lula.
O Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria) também patrocinou o ato do 1º de Maio, mas não informou o valor do seu patrocínio nem comentou a fala de Lula.
O advogado coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, disse que a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, se encontra no “exercício da liberdade de expressão”.
Já o advogado especializado em legislação de eleições e ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Admar Gonzaga diz que a legislação é clara sobre o tema. Sua incidência pode levar, no limite, à perda do registro da candidatura. O mais comum, porém, é haver uma multa.
O Palácio do Planalto decidiu apagar das redes sociais oficiais do governo federal a transmissão do evento do Dia do Trabalhador. A gravação estava hospedada no YouTube do CanalGov, mas foi apagada. A mesma transmissão, porém, segue disponível no perfil pessoal de Lula no YouTube.
Créditos: Poder360




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