Vereadores da oposição irão processar professora militante por conta de ofensas
- Jason Lagos
- 3 de jul. de 2023
- 2 min de leitura

Os oito vereadores oposicionistas que foram objeto de ofensas da professora militante Roberta Jordana, após a reunião extraordinária da terça-feira (27), na qual foram votados os projetos de empréstimo para a construção de um hospital e readequação de alíquotas da Previdência Municipal, decidiram acionar a Justiça por conta das ofensas.
Na ocasião, o presidente da Câmara, Zeba, foi chamado de "bicha de peruca", Nega de "grudenta", Demir de "bicha encubada", Jéssyca de "porca preta" e "cabra preta", Nego Zé de "Analfabeto", Capilé de "Maria vai com as outras", de Zé Boi foi dito que "não sabe nem falar", e de Nailson e Zezin Buxin que ambos "comem dinheiro" para levar santa-cruzenses a hospitais da Paraíba.
Os insultos foram incluídos em banner de internet que já estava circulando, trazendo o nome e as imagens dos vereadores que votaram contra o projeto.

Além de responder por injúria e difamação, a professora Roberta Jordana também deve responder por injúria racial, especificamente por conta das expressões assacadas contra a vereadora Jéssyca Cavalcanti: "porca preta" e "cabra preta".
Roberta Jordana participou ativamente da campanha municipal de 2020, vencida por Fábio Aragão. Nas redes sociais da professora há diversas imagens daquela campanha. Além disso, ela é parenta do secretário de Articulação Política Galego de Mourinha, o que acaba fazendo com que o seu gesto ganhe uma dimensão maior.
A polêmica das ofensas virtuais contra os vereadores da oposição tende a piorar a relação já bastante ruim entre os poderes Executivo e Legislativo, com consequências importantes para a gestão municipal, que está apostando em pelo menos duas audiências públicas sobre o projeto de empréstimo para obras de infraestrutura, a fim de diminuir a resistência da oposição.
Na fatídica reunião após a qual aconteceram as ofensas de Roberta Jordana contra os parlamentares oposicionistas, o projeto teve a tramitação suspensa por conta de um pedido de vistas do vereador Gilson Julião.




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