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União de governadores da direita esfria em meio a incerteza sobre apoio de Bolsonaro

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 7 de out.
  • 2 min de leitura
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A tentativa de união na direita tem esbarrado em disputas internas, como a exposta por Ciro e Caiado


Ensaiada dois meses atrás, a iniciativa de governadores de direita em busca de unidade contra a gestão Lula (PT), incluindo a realização de reuniões periódicas, perdeu fôlego diante de rachas no segmento, da desconfiança do clã Bolsonaro e da relutância do ex-presidente em indicar um sucessor para 2026.


A reunião dos governadores que mirou uma articulação conjunta ocorreu em 7 de agosto, poucos dias após a prisão domiciliar do ex-presidente e antes da condenação dele no STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia envolvia ainda reunir presidentes de partido de centro e direita já na semana seguinte, o que também não aconteceu.


A tentativa de união na direita tem esbarrado em disputas internas, como a exposta na recente troca de ataques envolvendo o governador de Goias, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI).


Participantes das conversas sobre a união da direita também atribuem o esfriamento à incerteza de Bolsonaro quanto ao futuro político e a outras pautas que tomaram o noticiário, como o projeto que concede anistia aos condenados nos chamados ataques golpistas, inclusive Bolsonaro, a PEC da Blindagem e a ampliação da isenção do IR (Imposto de Renda).


As críticas ao STF, presentes no encontro às vésperas do julgamento da chamada trama golpista, também foram perdendo espaço para essas outras pautas.


Dentre os participantes do primeiro encontro, na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), havia quatro cotados à candidatura presidencial: Caiado, Ratinho Jr (PSD), do Paraná, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.


À época, o governador de São Paulo ainda era o nome mais forte para herdar o espólio de Bolsonaro, apesar de nunca tenha assumido isso publicamente.


O movimento da direita se repetiu em um jantar da federação União Progressista, em 20 de agosto, com presença também de Zema e Caiado e no qual Tarcísio fez um discurso em defesa do padrinho político e do projeto de lei da anistia. A articulação do jantar fez com que os governistas perdessem o controle da CPI mista do INSS.


Mas, nas semanas seguintes, Tarcísio freou a ofensiva presidencial diante da resistência de filhos de Bolsonaro, enquanto Ratinho Jr. (PSD) ganhou força como um plano B e buscou contato com políticos e empresários paulistas para se viabilizar como alternativa.


Zema, por sua vez, esteve com Tarcísio na última semana em São Paulo e com Caiado há cerca de um mês em Belo Horizonte. O mineiro dá sua candidatura como certa, seja como representante da direita, seja como nome independente.


Já Ronaldo Caiado defendeu haver mais de um nome da direita concorrendo à Presidência no ano que vem. Para ele, um candidato sozinho contra Lula será colocado em uma “máquina de triturar”.


Carlos e Eduardo Bolsonaro têm criticado a busca por um sucessor do ex-presidente neste momento, ainda que ele esteja inelegível e condenado a 27 anos e três meses de prisão. Ainda assim, o próprio Eduardo passou a se colocar como uma alternativa à Presidência em 2026.



Créditos: Folha de SP

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