Trump retorna hoje à presidência dos EUA mais forte, com apoio das big techs e controle do Congresso
- Jason Lagos
- 20 de jan.
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Donald Trump começa nesta segunda-feira, 20, ao meio-dia (14h no horário de Brasília) seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, quatro anos depois de deixar a Casa Branca pela porta dos fundos, quando não participou da cerimônia de posse de Joe Biden, sob acusações de ter apoiado o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Após a vitória de novembro contra a democrata Kamala Harris, tanto no colégio eleitoral quanto no voto popular, Trump retorna ao poder fortalecido, com o comando das duas casas do Congresso, uma maioria conservadora na Suprema Corte e uma agenda na qual propõe tolerância zero com a imigração ilegal, guerra comercial com outros países e o combate ao que chama do “politicamente correto” em nome da liberdade de expressão.
Ainda que as maiorias legislativas sejam pequenas — no Senado, os republicanos terão apenas dois senadores a mais que os democratas e na Câmara, quatro deputados — a força de Trump em seu retorno, segundo analistas, é inegável.
Elon Musk, CEO do X, da Tesla e da SpaceX, Jeff Bezos, dono da Amazon e do jornal The Washington Post, e Zuckerberg devem ter assentos de destaque na cerimônia. Musk, que fez campanha para Trump, foi indicado para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental.
Tradicionalmente, chefes de Estado ou de governo não são convidados para a cerimônia oficial de posse do presidente americano por uma questão de segurança. Os convites costumam ser endereçados aos embaixadores dos países nos EUA — no caso brasileiro, a embaixadora é a diplomata Maria Luiza Viotti.
Trump, porém, convidou alguns líderes estrangeiros e políticos de direita. Javier Milei, presidente da Argentina, e Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, vão participar das cerimônias, além de Nayib Bukele, presidente de El Salvador, e Daniel Noboa, do Equador.
Outros nomes proeminentes da direita global também constam na lista de convidados. O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse foi convidado, mas teve seu pedido de devolução de passaporte negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que alegou risco de fuga. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro vai representá-lo.
O presidente da Argentina, Javier Milei, disse no sábado (18) que “lamenta” que o “regime“ do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tenha deixado o ex-presidente Jair Bolsonaro comparecer à posse de Donald nos Estados Unidos.
“Bolsonaro é meu amigo e lamento muito que o regime de Lula não tenha deixado ele vir”, declarou Milei.
O ex-presidente brasileiro acompanhou Michelle até o aeroporto internacional de Brasília no sábado (18) e se emocionou ao falar que não participaria da posse. Bolsonaro afirmou que “gostaria de apertar a mão” de Trump. Disse ainda que o republicano tem influência para talvez reverter sua inelegibilidade no Brasil.
Créditos: Estadão e Poder360




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