“Togas não podem protegê-los”, diz secretário dos EUA após sanção a Alexandre de Moraes

Marco Rubio (foto), secretário de Estado dos Estados Unidos, repercutiu nesta quarta-feira (30) a imposição de sanções através da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

O chefe da diplomacia dos EUA disse que Moraes cometeu graves violações dos direitos humanos e alertou: "Que este seja um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas — as togas judiciais não podem protegê-los".

Em nota publicada pelo Departamento de Estado, Rubio também afirmou que Moraes fez detenções arbitrárias "envolvendo flagrantes negações de garantias de julgamento justo e violações da liberdade de expressão".

"Moraes abusou de sua autoridade ao se envolver em um esforço direcionado e politicamente motivado, projetado para silenciar críticos políticos por meio da emissão de ordens secretas que obrigavam plataformas online, incluindo empresas de mídia social dos EUA, a banir as contas de indivíduos que postassem discursos protegidos", alegou.

Por fim, o secretário pontuou que os EUA usarão todos os instrumentos diplomáticos, políticos e jurídicos apropriados e eficazes para "proteger a liberdade de expressão dos americanos de atores estrangeiros malignos como Moraes, que buscam miná-la".

Em uma declaração do Departamento do Tesouro, o governo americano ainda alegou que o magistrado brasileiro é responsável por uma campanha opressiva de censura e processos politizados, "inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro".

Créditos: CNN Brasil