Sóstenes Cavalcante apresentará destaque para garantir versão ampla da anistia
- Jason Lagos
- 10 de out.
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Segundo Sóstenes, o seu partido calcula ter entre 275 e 278 votos favoráveis à aprovação do destaque
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta quinta-feira (9) que a bancada vai apresentar um "destaque de preferência" para resgatar o texto original de 2023, mantendo a versão “ampla, geral e irrestrita” do PL da Anistia — apesar de o relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), defender uma proposta limitada a diminuir as penas dos condenados do 8 de janeiro.
Segundo Sóstenes, o partido calcula ter entre 275 e 278 votos favoráveis à aprovação do destaque, que será apresentado durante a discussão do projeto.
Pelas contas de Sóstenes, além dos votos do PL, haverá apoios no PP e no União Brasil, que desembarcaram recentemente do governo Lula. O líder também conta com as bancadas do Republicanos e do PSD.
No cenário idealizado por Sóstenes, a dosimetria das penas sequer seria votada e o texto seguiria para o Senado, onde bolsonaristas terão de travar uma nova batalha para convencer Davi Alcolumbre (União-AP) a pautar a proposta.
O parecer do relator ainda não foi divulgado. No entanto, o líder do PL disse que, caso o relatório final trate apenas da dosimetria das penas para crimes contra a democracia, a oposição atuará para alterar o texto em plenário.
Paulinho da Força busca manter uma proposta restritiva e negocia a inclusão do projeto na pauta da próxima terça-feira (14).
O deputado tem conversado com bancadas e articulado uma base que garanta maioria na Casa. A definição da pauta cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a proposta de anistia “ampla, geral e irrestrita” tem votos suficientes para ser aprovada pelo Congresso Nacional. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Arena Oeste desta quinta-feira, 9. “Se não tivéssemos votos para aprovar essa anistia que queremos, já teriam pautado e derrotado a gente”, disse o parlamentar.
O objetivo da anistia, segundo o senador, é restaurar o que considera o equilíbrio institucional. “Eles querem enterrar o Bolsonaro vivo, e a gente vai lutar enquanto existir para acabar com essa injustiça”, afirmou.
O parlamentar também mencionou nomes que votaram na Constituinte de 1988 para permitir a anistia a crimes contra o Estado Democrático de Direito, entre eles Michel Temer, Lula e Fernando Henrique Cardoso. “
Créditos: CNN Brasil, Poder360, Revista Oeste e Metrópoles




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