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Ronaldo Caiado diz que Ciro Nogueira tenta forçar decisão de Bolsonaro sobre 2026

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 6 de out.
  • 3 min de leitura
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Governador de Goiás e senador do Piauí fazem parte da Federação União Progressista


A disputa interna na federação União Progressista explodiu neste domingo (5) com troca de farpas entre o governador Ronaldo Caiado (União-GO) e o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI).


Pré-candidato à Presidência em 2026, o goiano afirmou que Ciro tenta forçar um apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), por interesse particular em ser o vice de uma eventual chapa com o gestor paulista.


“A ansiedade de Ciro Nogueira em se colocar como candidato a vice-presidente do governador Tarcísio é vergonhosa, e algo tão gritante que ele já se coloca como porta-voz do presidente Bolsonaro, o que ele não é”, afirmou Caiado no X, antigo Twitter.


O governador de Goiás prosseguiu: “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”.


Em entrevista ao jornal o Globo, publicada no dia de ontem, Ciro Nogueira, que foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente só teria duas alternativas: apoiar Tarcísio de Freitas ou o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).


“Bolsonaro já escolheu seu candidato: Tarcísio ou Ratinho”, garante o senador piauiense, acrescentando que a definição do nome deve ser anunciada em janeiro, e que governador de SP não tem como recusar se for convocado pelo padrinho político.


Comentando as declarações de Ciro, Caiado alfinetou: “Fica visível que Ciro tenta decidir por Bolsonaro quais deveriam ser os candidatos a presidente, colocando Tarcísio como preferido e o governador Ratinho como reserva”.


Inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão por causa da chamada trama golpista, o ex-presidente vem sendo aconselhado a escolher um sucessor, sob pena de não ter decisão sobre o herdeiro do seu espólio político no campo da direita.


Tarcísio de Freitas é cotado como candidato à Presidência, mas esta semana fez um recuo tático e disse que concorrerá à reeleição em São Paulo após sucessivos revezes. Dessa forma, restam 5 pré-candidatos: o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Eduardo Leite (PSD-RS), além dos já citados Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior.


Para o goiano, a postura do presidente do PP não é ideal. “De pronto, Ciro já veta pelo menos três pré-candidaturas: as de Romeu Zema, Eduardo Bolsonaro e a minha, prestando um enorme desserviço à direita. Não falo por Zema ou Eduardo, mas quanto à minha pré-candidatura, devo dizer que não dependo de aval de Ciro Nogueira”, comentou.


Caiado completou: “Sugiro ao já quase ex-senador que tenha mais moderação e mais respeito com os demais nomes que, democraticamente, colocam suas pré-candidaturas à avaliação popular. Ciro Nogueira não tem estatura política para julgar as pré-candidaturas a presidente, incluindo a minha. E certamente não será por ele que passará a decisão de construir a melhor estratégia para derrotar o PT, partido que um dia já foi tão querido pelo mesmo Ciro, e implementar um novo projeto para o Brasil e os brasileiros”.


O governador goiano deve se encontrar nesta semana com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, para discutir a possibilidade de ser candidato a presidente da República por essa legenda. Caiado já teve conversas nesse mesmo sentido com a direção do Solidariedade —incluindo o deputado federal por São Paulo, Paulinho da Força.


Hoje com 76 anos, Ronaldo Caiado está em seu 2º mandato como governador de Goiás e não pode mais concorrer à reeleição. Já foi senador da República e deputado federal. Na atual fase de sua carreira política, só se interessa por uma nova disputa ao Planalto. Ele já foi candidato uma vez, em 1989, pelo antigo PSD e teve 0,68% dos votos, ficando em 10º lugar naquela eleição (que teve Fernando Collor, então no PRN, como vencedor).



Créditos: Metrópoles, O Globo e Poder360

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