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Representante dos EUA afirma que atas divulgadas pela oposição "deixam claro" que González venceu

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 1 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura
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O subsecretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, afirmou nesta quarta-feira que o candidato oposicionista na Venezuela, Edmundo González, recebeu mais votos do que o presidente, Nicolás Maduro, na eleição ocorrida no domingo, com base em atas divulgadas pela oposição.


A declaração foi a mais contundente vinda de uma autoridade de Washington, e deve colocar ainda mais pressão sobre as autoridades venezuelanas, que declararam Maduro vencedor.


— Está claro que Edmundo González Urrutia derrotou Nicolás Maduro por milhões de votos — disse Nichols, durante reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.


No discurso, o diplomata, o principal do governo de Joe Biden para a América Latina e Caribe, considerou válidas as atas divulgadas pela oposição desde domingo, que apontam para uma diferença considerável a favor de González.


O números têm sido divulgados pela internet, apesar das tentativas de bloqueio organizadas pelo regime. O Brasil afirmou que não aceitará contagens paralelas.


— A tabulação destes resultados detalhados mostra claramente uma verdade irrefutável: Edmundo Gónzalez Urrutia venceu com 67% desses votos, em comparação com 30% de Maduro — disse o Nichols, citando números divulgados pelos oposicionistas. — E simplesmente não há votos suficientes nos restantes registros de recontagem para superar tal diferença.


Anunciada no domingo e referendada na segunda-feira, a vitória de Nicolás Maduro foi reconhecida por poucos países, incluindo Irã, Rússia e China, mas questionada pela maioria da comunidade internacional.


Maduro prometeu entregar as atas, mas sem especificar quando, ao mesmo tempo em que afirmou que os líderes opositores que denunciam fraude "devem estar atrás das grades".


Além do discurso de Brian Nichols, a reunião da OEA foi marcada pela rejeição de uma resolução para exigir transparência ao governo da Venezuela sobre as eleições do último domingo.


Apesar de receber 17 votos a favor, o texto não obteve os 18 necessários no plenário para ser aprovado — não houve votos contrários, mas 11 nações se abstiveram, incluindo o Brasil.


Em conferência de imprensa nesta quarta (31), John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou que a paciência do país sobre a divulgação de dados na Venezuela “está se esgotando”.


Também nesta quarta, o Centro Carter, a mais importante organização autorizada a monitorar a eleição na Venezuela, declarou que o processo não pode ser considerado democrático.

 

Fundado pelo ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, o centro apontou "graves violações" na suposta vitória do ditador Nicolás Maduro. O relatório aumenta a pressão internacional sobre o chavismo e reforça também a saia-justa que o Brasil enfrenta.


Créditos: O Globo

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