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Recusa de Zeba em publicar ato de cassação de Capilé abre crise na Câmara de Vereadores

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 17 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Aprovada por 14 votos a zero na última quinta-feira (13), a cassação do mandado do vereador Capilé da Palestina, por improbidade administrativa, não teve o seu ato formal publicado pelo presidente da Casa Dr. José Vieira de Araújo, Zeba Climério.


Zeba esteve presente no início da reunião extraordinária que selou o destino de Capilé, quando os edis votaram o relatório da Comissão de Ética, referente À CPI que investigou a reforma da Câmara, no período em que o mesmo foi presidente. No entanto, alegando tratar-se de uma reunião que não obedecia os devidos critérios de legalidade, abandonou a sessão.


Na sexta-feira (14), o vereador Capilé já dava indícios do que viria pela frente, ao anunciar, em uma entrevista a uma emissora de rádio local, que estaria participando normalmente da próxima sessão na Câmara. Além disso, assegurou que Cristóvão Bomba, primeiro suplente do PSD, partido pelo qual ambos foram eleitos, só assumiria o mandato se fosse eleito nas urnas de 2024.


Em reação à negativa do presidente da Câmara em publicar o ato de cassação de Capilé, com o consequente chamado de Cristóvão Bomba para tomar posse, a Mesa Diretora da Câmara, que é formada, além de Zeba, por Nailson Ramos (vice-presidente), Jéssyca Cavalcanti (primeira-secretária) e Zé Boi (segundo-secretário) se reúne na manhã desta segunda-feira (17) para definir as providências a serem tomadas.


Como Zeba não dá sinais de que irá publicar o ato de cassação, a tendência é de que haja a judicialização do processo, com o apoio, inclusive, dos outros 11 vereadores que não fazem parte da Mesa Diretora e que votaram pela cassação do mandato de Capilé.


A situação aponta para uma crise inédita na Casa Dr. José Vieira de Araújo, já que os processos de cassação de mandatos que lá aconteceram, envolvendo também ex-presidentes da mesma, casos de Marcos Feitosa e Zilda Moraes, tiveram os seus respectivos atos de cassação publicados normalmente.


Os votos pela cassação de Capilé da Palestina representaram a totalidade da representação dos dois grupos políticos históricos, Taboquinha e Boca-Preta, com cada um deles contribuindo com 7 votos. Por sua vez, nenhum dos vereadores do grupo Verde, do qual Capilé faz parte, estava presente na hora da votação.


Apesar do histórico de décadas de antagonismo, taboquinhas e bocas-pretas deverão atuar juntos nesse conflito, para evitar a impressão de atuarem para livrar Capilé da cassação, o que poderia ter consequências negativas em um ano eleitoral.

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