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Raquel Lyra aposta em agenda de entregas e começa a mostrar seu estilo de governo

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 5 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

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A governadora Raquel Lyra, que andou batendo cabeça com a Assembléia Legislativa durante a maior parte dos seus seis primeiros meses de mandato, conseguiu, neste início de semana, mostrar um jogo de cintura que não se desconfiava de que viria a ter: na segunda-feira, entregou 101 ônibus escolares a municípios, em sua maioria indicados por deputados estaduais que já fazem ou desejam fazer parte de sua base de apoio; e, na terça, deu posse a 16 novos gerentes regionais de educação escolhidos, pela primeira vez, por mérito, fugindo às indicações politicas. O que não agradou a Assembleia.


Nos dois casos, porém, ela acabou atraindo para junto de si dezenas de parlamentares. No primeiro dia, porque eles fizeram questão de estar ao lado dos seus prefeitos, recebendo da governadora os coletivos e demonstrando que estavam prestigiados pela nova administração – isso é fundamental para quem vai disputar eleições municipais em 2024 – e , no segundo dia, porque, embora não tenham sido ouvidos, os novos gerentes regionais de educação são pessoas às quais vão precisar recorrer em suas bases pois eles comandarão a educação, uma das áreas mais importantes do Governo.


No caso dos ônibus, como reconheceu o próprio presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, o gesto da governadora vai ajudá-la a formar uma base sólida na casa. Só agora se sabe, por exemplo, que os 30 votos que o Governo teve para aprovar o projeto do piso dos professores decorreu em parte disso pois os parlamentares já sabiam que seriam atendidos em suas bases.


Já na questão dos gerentes regionais de educação a seleção por mérito qualifica a gestão e Raquel fez a escolha sem discriminar ninguém, nem mesmo seu principal adversário, o PSB. Um dos mais qualificados dos escolhidos, o professor Paulo Dutra, é socialista e trabalhou nas gestões dos ex-governadores Eduardo Campos e Paulo Câmara.


O edital de seleção rezava que seria escolhida uma lista tríplice cabendo à governadora optar por um dos três primeiros, independente da posição alcançada. Ela podia ter escolhido qualquer um dos outros dois classificados com Paulo Dutra mas preferiu nomeá-lo.


Completando seis meses no comando do Estado, a tucana passou os primeiros meses enxugando a máquina, e por consequência levando uma enxurrada de críticas. O início das entregas dá à governadora a oportunidade de mostrar efetivamente o seu estilo de governar.


Créditos: Blog Dellas

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