Racha com Valdemar pode levar Eduardo Bolsonaro a deixar PL antes de 2026
- Jason Lagos
- 9 de ago.
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode deixar o Partido Liberal antes do período eleitoral de 2026, em meio a um racha com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro pretende levar consigo parlamentares aliados, esvaziando a bancada.
O estopim mais recente foi a paralisação da Câmara e do Senado, promovida pela oposição em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). A estratégia, que impediu votações por dois dias, desagradou Valdemar.
O portal Metrópoles já havia revelado que o líder partidário não concordou com a medida, vista como moeda de troca para pressionar pela votação de três pautas de interesse do bolsonarismo: anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, fim do foro privilegiado e impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A aliados, Eduardo avalia que Valdemar faz “jogo duplo” com a família Bolsonaro, com gestos públicos a favor, mas trabalhando contra eles nos bastidores. Ele acredita que Valdemar tem interesse em ver Jair Bolsonaro “fraco” e até preso, pois isso aumentaria a dependência dele ao PL.
O deputado também estaria mirando o marqueteiro Duda Lima, próximo de Valdemar, a quem atribuiria parte dos materiais críticos contra ele disseminados nas redes sociais.
Aliados do presidente do PL afirmam que a paralisação não é um método político com o qual Valdemar está acostumado, mas que ele respeitou a decisão da bancada e, posteriormente, elogiou a atuação publicamente.
"Não estou satisfeito com o partido. Eu deixei claro isso para Valdemar [Costa Neto]. O partido não ajuda em nada. Hoje, não penso em sair. Mas até março [de 2026] posso avaliar para sair", disse Eduardo à CNN na sexta-feira (8).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março e deve permanecer no país sem data definida para retornar ao Brasil.
Em março, o parlamentar solicitou afastamento do cargo por 120 dias por “interesses pessoais” e outros dois dias para “tratamento de saúde”.
O prazo terminou em 20 de julho. Com isso, Eduardo começa a receber faltas não justificadas caso não retorne ao Brasil, o que pode resultar na perda do mandato.
O deputado federal afirma que, se voltar ao Brasil, será preso "por uma perseguição do ministro Alexandre de Moraes", segundo o parlamentar.
Créditos: InfoMoney e CNN Brasil




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