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PT vê pressa de Moraes em prender Bolsonaro como chance para direita se reorganizar contra Lula

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 13 de jun.
  • 2 min de leitura
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Dirigentes do PT estão preocupados com a rapidez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes comanda o julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Eles enxergam no ritmo uma chance para que a direita brasileira possa se reorganizar em torno de outro candidato capaz de vencer Lula (PT) em 2026.

 

Na análise do partido, se Bolsonaro fosse preso apenas em meados de 2026, ele conseguiria manter a força incontrastável de sua liderança e, portanto, o controle absoluto sobre a escolha do candidato da direita que disputará com Lula. E seguramente escolheria alguém da própria família —Eduardo Bolsonaro ou Michelle Bolsonaro—para a missão.

 

As chances de Lula vencer numa disputa contra qualquer um dos dois seriam maiores, dada a rejeição que o sobrenome “Bolsonaro” provoca em amplos setores da sociedade.

 

Caso Bolsonaro seja preso até outubro deste ano, o quadro muda totalmente. Na visão do partido, e de outras legendas, o ex-presidente estará definitivamente fora do jogo e, com isso, não terá força suficiente para se manter no comando do processo sucessório até meados de 2026, quando o candidato da direita será escolhido. Seguirá a maior liderança da direita, mas terá que negociar.

 

Depois da detenção, os pré-candidatos da direita entrariam em guerra —mas com tempo suficiente para chegar a um consenso até 2026, com um deles impondo a preferência sobre os outros.

 

Neste quadro, o governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos-SP) desponta como preferido absoluto. Embora diga que não é candidato de forma alguma, a pressão sobre ele, inclusive do setor privado que rejeita Lula, passaria a ser irresistível depois da prisão do ex-presidente.

 

Com Bolsonaro afastado definitivamente das urnas, Tarcísio poderia virar candidato sem risco de parecer um traidor para os eleitores bolsonaristas.

 

Além disso, ele teria maior facilidade do que todos os outros pré-candidatos para conseguir apoio da família Bolsonaro, que poderia pedir em troca a promessa de que o patriarca da família seria indultado assim que Tarcísio tomasse posse na presidência da República, em 2027.

 

Para os dirigentes do PT ouvidos pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Alexandre de Moraes e a maioria de outros ministros do STF têm uma excelente relação com Lula, mas não estariam confiantes de que ele pode vencer o bolsonarismo em 2026. E prefeririam tirar Bolsonaro logo do jogo para que a direita possa construir uma candidatura considerada menos adversa à Corte.

 

A família Bolsonaro não esconde que um de seus projetos é promover o impeachment de Moraes caso voltem ao poder.

 

Atrás das grades, ex-presidente não conseguiria manter força da liderança; Tarcísio despontaria na sequência como amplo favorito.



Créditos: Folha SP

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