top of page

Prisão inesperada de Bolsonaro levará à mudanças na ação política da direita

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 5 de ago.
  • 2 min de leitura
Bolsonaro teve prisão domiciliar decretada por, segundo Moraes, descumprir medidas cautelares
Bolsonaro teve prisão domiciliar decretada por, segundo Moraes, descumprir medidas cautelares

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) inaugura um novo momento na pré-campanha da direita, que tem enfrentado divisões na disputa pelo espólio político do ex-presidente. No PL, a expectativa é que, em um primeiro momento, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Calado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) sejam pressionados a radicalizar o discurso, sob pena de serem descartados como opção para a disputa presidencial do próximo ano.


Antes da prisão domiciliar do ex-mandatário, o banco de apostas na política, do PT ao PL, era que Bolsonaro fosse preso somente após a conclusão do seu julgamento pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe. Nesse cenário, o ex-presidente teria algum tempo para negociar sua sucessão e apontar um nome com viabilidade para disputar o Planalto, colocando um eventual indulto presidencial como pré-requisito.


Agora, o panorama mudou. O PL avalia que a prisão domiciliar de Bolsonaro inicialmente fortalecerá a pré-candidatura dos nomes mais próximos ao ex-presidente, sendo todos parentes e filiados ao partido. Estão nesse rol dois dos seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), e sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


Além disso, a sua retirada do cenário político — forçada pela proibição de contato, visitas ou uso do telefone — vai antecipar a “hora da verdade” para os bolsonaristas. O entorno do ex-presidente passou a afirmar que, até à manifestação convocada para o 7 de Setembro, a posição dos quatro governadores postos como possíveis sucessores será crucial para definir quem pode ou não herdar os votos de Bolsonaro.


Nesse sentido, o PL passou a analisar de perto os posicionamentos de Tarcísio e Ratinho, que fizeram publicações em tons parecidos, mas interpretados de maneiras diferentes. O governador de São Paulo irritou os aliados ao declarar apoio a Bolsonaro, sem citar Moraes. Dele era esperado discurso mais incisivo contra o integrante do STF, por ter sido ministro do governo passado.


Já Ratinho foi na mesma linha, mas dele não era esperado posicionamento mais forte contra o STF, por ter sido um governador de centro-direita que só recentemente se aproximou de Bolsonaro. Já Ronaldo Caiado fez declaração mais longa, reclamando que Bolsonaro “já está condenado” antes do julgamento, mas também sem citação à Suprema Corte ou a algum dos seus ministros.


Romeu Zema foi o único dos quatro que citou Moraes. “Mais um capítulo sombrio na história de perseguição política do STF. Alexandre de Moraes agora colocou Bolsonaro em prisão domiciliar por ter sua voz ouvida nas redes. É a democracia do silêncio. A democracia do medo. Toda minha solidariedade ao presidente e sua família”, escreveu o governador mineiro.



Créditos: Metrópoles

Comentários


81 9.9937-2020

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2023 por Blog do Jason Lagos. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page