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Primeira cirurgia de redesignação sexual da Bahia pelo SUS é realizada em Salvador

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 21 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

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A primeira cirurgia transexualizadora pelo Sistema único de Saúde (SUS) na Bahia foi realizada no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador.


A mulher trans, Yohana de Santana, operada no dia 09 de agosto, é acompanhada desde 2018 pelo Ambulatório Transexualizador do Hupes, mas a espera pela oportunidade de realizar a cirurgia durou mais de dez anos.


No ambulatório do Hospital Universitário, Yohana de Santana teve a oportunidade de ser assistida por um grupo multiprofissional regular, tendo sido considerada apta pelas equipes de endocrinologia, psicologia e serviço social para o procedimento cirúrgico.


“É a realização de um sonho. Sinto-me plena. É algo que eu venho buscando desde 2010, mas não tinha meios para fazê-lo. Fico emocionada de saber que sou a primeira mulher trans que realizou a cirurgia no SUS”, disse Yohana de Santana.


A cirurgia de redesignação sexual consiste em mudar as características sexuais/genitais de uma pessoa para aquelas socialmente associadas ao gênero com o qual ela se identifica.


A endocrinologista e coordenadora do Ambulatório Transexualizador do Hupes-UFBA/Ebserh, Luciana Oliveira, explicou que o pós-operatório tem algumas orientações específicas, com o uso de hormônios durante alguns anos.


Além das cirurgias de redesignação sexual, o Hupes-Ufba vai realizar também outros tipos de procedimentos. Foram pactuadas com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) cirurgias como mamoplastia masculinizadora, histerectomia, tireoplastia e plástica mamária.


A expectativa da Ufba é de que seja realizado pelo menos um desses procedimentos por mês, enquanto a instituição aguarda o credenciamento do Ministério da Saúde, o que possibilitará ampliar a oferta de cirurgias.


De acordo com o urologista Ubirajara Barroso, que esteve à frente da primeira cirurgia realizada, o Ministério da Saúde adota critérios específicos para a realização dos procedimentos.


- A pessoa interessada deve ter mais de 21 anos de idade;

- Apresentar - no mínimo - dois anos de acompanhamento psicológico;

- Ser cadastrada em um dos dois serviços especializados de referência na Bahia: Hupes-UFBA ou Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap).


O Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário Professor Edgard Santos iniciou as atividades em 2018. O espaço é voltado para o atendimento clínico a pessoas trans e travestis residentes na Bahia e que buscam acompanhamento.


Mais de 400 pacientes já foram atendidos pela equipe do ambulatório, que é formada por profissionais de endocrinologia, enfermagem, serviço social, psicologia e psiquiatria.


Recentemente, o setor de saúde do governo Lula criou outra polêmica. A resolução 715 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) traz, entre suas 59 propostas, um ponto que reconhece religiões afro como “complementares ao SUS”. O mesmo documento defendeu a legalização do aborto e da maconha.


O ponto 46 versa sobre o entendimento de que espaços como terreiros, barracões e casas de religião como “a primeira porta de entrada para os que mais precisavam e de espaço de cura para o desequilíbrio mental, psíquico, social e alimentar”.

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