Preso por manter escravas virtuais, jovem planejava fazer massacre com armas do pai
- Jason Lagos
- 24 de ago. de 2023
- 2 min de leitura

Preso nesta quarta-feira (23/8) por divulgar vídeos e fotos de abuso sexual infanto-juvenil, o jovem de 18 anos pretendia fazer um massacre. Para isso, ele pretendia utilizar as armas que são do pai, um bombeiro militar.
Além de materiais armazenados em computadores, agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) encontraram três armas de fogo, um revólver e duas espingardas na casa do suspeito, no Recanto das Emas.
O jovem é aluno do curso de áudio e vídeo do Instituto Federal de Brasília (IFB) e mencionou, em depoimento, o plano de fazer um ataque na instituição.
O criminoso mantinha ao menos 15 “escravas virtuais”, com idades entre 15 e 17 anos. A investigação revelou que ele ordenava que as vítimas o chamassem de “mestre” e gravassem vídeos íntimos — o que configura crime de estupro virtual — e de automutilação, escrevendo palavras nos próprios corpos usando uma navalha. Além disso, as induzia ao suicídio.
O preso mantinha um canal no YouTube, com 4 mil inscritos, onde publicava vídeos sobre depressão e auto-ajuda. Por meio desse conteúdo, ele ganhava a confiança das vítimas.
“Ele abordava temas como depressão e autoajuda. Com isso, conseguia unir pessoas com esse quadro [da doença] e passava a persuadi-las. Quando ganhava a confiança, pedia nudes. Depois que recebia, a vítima se começava a ser escravizada sexualmente”, detalhou o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Tell Marzal.
A apuração policial revelou que o criminoso, após conseguir que adolescentes lhe enviassem material íntimo nas mídias sociais, escravizava as vítimas virtualmente.
O jovem foi preso em flagrante na manhã de ontem. Durante as buscas na casa dele, os policiais confirmaram que ele armazenava pornografia infanto-juvenil, produzida com equipamentos de casa e no computador da instituição de ensino superior.
“A família dele não tinha conhecimento de nada. Disseram que ele era uma pessoa introspectiva e que ficava muito tempo no quarto, usando a internet”, afirmou Tell Marzal.
Se condenado, o investigado poderá receber pena de até 17 anos de prisão, pelos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual, armazenamento de pornografia infantil, induzimento à prática de automutilação e suicídio, além de estupro na modalidade virtual.
Créditos: Metrópoles




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