Prefeitos do Piauí revelam que Ciro Nogueira cogita voltar a apoiar Lula
- Jason Lagos
- 22 de out.
- 2 min de leitura

Não apoiar Lula em um cenário de popularidade crescente pode prejudicar a própria reeleição de Ciro
Nos bastidores da política piauiense, a informação corre com velocidade entre prefeitos e lideranças do interior: Ciro Nogueira estaria admitindo a possibilidade de reaproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto defende a saída do PP do governo Lula e se articula para tentar ser o vice de um candidato de oposição ao Planalto nas próximas eleições, o presidente da legenda, mantém há mais de um ano um aliado como assessor da presidência da Caixa: o piauiense José Trabulo Junior é consultor do presidente do banco.
Segundo apurou o Portal 180graus, o senador tem dito a prefeitos aliados que pode voltar a apoiar Lula caso não consiga se viabilizar como vice-presidente em uma chapa da centro-direita nas eleições de 2026.
O gesto não seria inédito. Em 2016, Ciro foi um dos articuladores do impeachment de Dilma Rousseff, mas meses depois passou a elogiar Lula e buscar diálogo com o campo petista para sua eleição de 2018. Naquele ano, embora tenha fechado apoio oficial a Geraldo Alckmin, então candidato à presidência pelo PSDB, o senador espalhou outdoors em todo o Piauí, nos quais aparecia sorridente ao lado de Lula, traindo Alckmin à luz do dia.
Agora, o movimento parece ganhar nova versão, impulsionado por dados de melhora na aprovação do presidente tanto no Brasil quanto, especialmente, no Piauí, Estado reconhecido como um dos mais lulistas do país.
A leitura entre aliados é pragmática: não apoiar Lula em um cenário de popularidade crescente pode prejudicar a própria reeleição de Ciro. Muitos prefeitos do Progressistas, partido comandado por ele, já teriam sinalizado simpatia por Rafael Fonteles e Lula, reforçando o isolamento do senador dentro da base que ajudou a construir.
Em tempos de tabuleiro eleitoral em reconfiguração, Ciro parece ensaiar um movimento de sobrevivência. Entre a fidelidade ideológica e a conveniência política, o senador volta a mirar o campo onde a popularidade continua forte no Piauí — o lulismo.
Créditos: Portal180graus




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