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Políticos de direita têm mais que o dobro do engajamento de esquerda, centro e centrão juntos

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • há 11 minutos
  • 2 min de leitura

A direita domina as redes sociais no país, mas qual é a dimensão dessa soberania? Dados da consultoria Bites compilados pela Folha de S.Paulo dão uma pista do tamanho do problema para o governo Lula (PT): os principais políticos de esquerda têm, somados, menos da metade dos seguidores da direita e registraram apenas um terço do engajamento obtido por eles este ano.


As publicações da direita receberam, em 2025, um engajamento (considerando números de curtidas, comentários e compartilhamentos) equivalente a 2,5 vezes o gerado pelas postagens de políticos de esquerda e de partidos de centro e centro-direita, somados. Quanto mais interações, maior o público que uma informação atinge na internet e maior sua repercussão.


O recorte feito pela Folha considera os 250 deputados federais, senadores, presidente, ex-presidente, ministros, primeiras-damas, governadores e prefeitos de capitais com maior número de seguidores. A Bites levantou, a pedido da reportagem, os dados das cinco principais redes sociais no país: Facebook, Instagram, YouTube, TikTok e X (ex-Twitter), de 1º de janeiro a 30 de maio.


O número de parlamentares até alcança certo equilíbrio por esse recorte: 84 são de centro ou do centrão, 88 da direita e 78 da esquerda. O engajamento dos perfis ligados à direita, no entanto, é bem maior.


De acordo com o levantamento, os políticos de direita alcançaram 1,48 bilhão de interações nos cinco primeiros meses do ano. Os de esquerda chegaram a apenas 417 milhões. Políticos de partidos de centro e do centrão tiveram resultado ainda mais tímido: 171 milhões de reações ao conteúdo postado.


A direita também apresenta um engajamento maior a cada postagem feita, com média de 12.894 interações por publicação. No caso dos aliados do presidente Lula, essa cifra cai para 4.699, em média. Já no centro e no centrão, fica em 3.900.


O diretor técnico da Bites, André Eler, afirma que um dos motivos para essa diferença numérica é que a direita é mais organizada e afinada nas redes. “É uma bolha mais ativa e mais engajada, o que acaba gerando um volume maior de interações. Tem mais gente interessada o tempo inteiro nesse conteúdo.”


Já a esquerda, ressalta Eler, tem mais dificuldade de atuar em uma linha unificada. Ele dá como exemplo os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), que são figuras influentes desse campo político nas redes sociais, mas muitas vezes têm discursos antagônicos.


Outro problema da esquerda, aponta o diretor da Bites, é a falta de organização. Nem todos os ministros do governo possuem redes sociais, e a principal liderança do grupo, o presidente Lula, muitas vezes não entra nos embates.


Somados, os 33 ministros do petista que possuem redes sociais (cinco não têm perfis públicos) têm, juntos, pouco mais da metade dos seguidores que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) possui sozinho.


Políticos de centro e do centrão, no geral, exibem menos afinidade com as redes sociais, mas também têm investido nessa interação como ferramenta alternativa de conquistar votos.


As estrelas dos partidos de centro e centro-direita nas redes são pessoas de fora da política tradicional, como humoristas, influenciadores ligados à causa animal ou de pessoas com deficiência, cantores e religiosos, que muitas vezes não publicam conteúdos relacionados a seus mandatos.



Créditos: Folha SP

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