Polícia Civil de São Paulo abre apuração interna após delegada falar contra Marçal
- Jason Lagos
- 11 de set. de 2024
- 2 min de leitura

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu nesta quarta-feira (11) investigação sobre uma entrevista concedida pela delegada Vanessa Guimarães à campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição na capital paulista. Na gravação, ela afirma que Pablo Marçal (PRTB), adversário do emedebista, participou de um grupo criminoso.
A prática criminosa citada é chamada de “fishing”. Ela consiste em enviar e-mails para pessoas para obter dados bancários das vítimas e, então, praticar crimes financeiros. No mesmo vídeo, a delegada afirma que Marçal foi preso, condenado e teve pena de reclusão determinada em quatro anos e cinco meses. Vanessa é delegada do 32° Distrito Policial de Itaquera.
O procedimento instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil visa “avaliar eventuais irregulares em face de informações divulgadas por delegada de polícia em mídia televisiva”. A gravação foi publicada por Nunes nesta quarta-feira.
Marçal utilizou as redes sociais para reclamar do governador de São Paulo, Tarcísio de Feitas (Republicanos). Ele afirma que o gestor, aliado de Nunes, utiliza a máquina pública para beneficiar o atual prefeito.
“Tarcísio usando a estrutura do estado para defender o defunto eleitoral do bananinha (apelido dado por Marçal a Nunes). Exijo que o secretario de Segurança pública se posicione nisso, porque vamos ingressar no Ministério Público. Como uma delegada da Polícia Civil está entrando em questão eleitoral?”, questionou.
Também nesta quarta-feira, o pastor Silas Malafaia publicou um vídeo manifestando sua oposição a Pablo Marçal. Na gravação, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) descreve o empresário como uma “farsa” e apresenta uma série de argumentos para dizer que ele não é de direita.
“Eu estou ouvindo assim: ‘Pastor Malafaia, o senhor está dividindo a direita’. Quem te falou que esse cara é de direita? Ele é uma intromissão na direita, e eu vou provar – garantiu.
Na sequência, o pastor aponta como um dos indícios a ausência de pronunciamentos de Marçal contra à “perseguição implacável à direita” feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O líder cristão também mencionou o silêncio de Marçal diante do PL 2630, conhecido como “PL das fake news” ou “PL da censura”.
O pastor ainda citou a falta de posicionamento do empresário quando o STF derrubou a proibição de assistolia fetal, permitindo que mulheres que sofreram estupro possam abortar após os cinco meses e meio, quando o bebê já está formado. Confira o vídeo com a fala de Silas Malafaia.
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