PGR pede inclusão de foragidos do 8 de Janeiro na lista de procurados da Interpol

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que os réus foragidos do 8 de Janeiro sejam incluídos na lista de difusão vermelha da Polícia Internacional (Interpol). O pedido foi feito na quarta-feira, 15. Os fugitivos foram para a Argentina e o Uruguai, usando as fronteiras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

A PGR também pediu a emissão de mandados de prisão para réus que estavam em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica e a expedição do alerta internacional para todos os foragidos, com o objetivo de "assegurar a aplicação da lei penal". Ao todo, 51 pessoas estão com mandados de prisão em aberto.

Entre os fugitivos está Alethea Veruska Soares, de 49 anos. Natural de São José dos Campos, ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão pela participação no ato do dia 8 de janeiro de 2023, mas fugiu, em janeiro deste ano, para o Uruguai e depois para a Argentina.

Dez militantes pró-Bolsonaro condenados ou sob investigação por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado, quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e escaparam do País.

De acordo com o levantamento, pelo menos 51 pessoas suspeitas de participarem dos atos de 8 de janeiro têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após romperem suas tornozeleiras eletrônicas.

Dentre esses, dez fugiram para o exterior neste ano através das fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Elas foram para Argentina e Uruguai.

Sete dos fugitivos já receberam condenações do Supremo Tribunal Federal (STF) com penas superiores a dez anos de prisão por sua participação na suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro.

Por outro lado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou nesta quinta-feira (16) a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e negou a soltura de Felipe Martins, assessor internacional da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro

Créditos: Poder360