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PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem no caso da 'Abin paralela'

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 18 de jun.
  • 2 min de leitura
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A Polícia Federal indiciou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no inquérito que investiga o caso da "Abin paralela".


Mais de 30 pessoas foram indiciadas pela PF, que enviou o relatório final ao STF (Supremo Tribunal Federal). As apurações apontam que o esquema teria ocorrido no governo Bolsonaro, quando Ramagem era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).


Entre os indiciados, está o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Nomeado para o cargo no governo Lula (PT), ele é suspeito de ter autorizado uma ação hacker da agência contra autoridades do governo do Paraguai.


Outros integrantes da atual cúpula de comando da Abin também foram indiciados. Luiz Carlos Nóbrega, chefe de gabinete de Corrêa, e José Fernando Chuy, corregedor-geral do órgão, também aparecem no relatório final da PF. Além deles, constam o ex-diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, e Paulo Maurício Fortunato, que era secretário de Planejamento do órgão na gestão de Corrêa e foi afastado do cargo pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, em 2023, por suspeita de integrar o esquema de monitoramento ilegal.


A investigação foi aberta no primeiro ano do governo Lula, para investigar indícios de que a agência tenha sido aparelhada e usada de forma ilegal pelo ex-presidente e Ramagem, e se estendeu para ações suspeitas de espionagem durante a gestão petista.


A PF apura também indícios de que Corrêa, atual diretor, tenha agido para atrapalhar as investigações sobre a "Abin paralela", assim como outros integrantes de sua gestão. Segundo investigadores, esse seria um dos motivos para a demora na conclusão desse inquérito.


Durante live com os filhos em janeiro do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que a "tal da Abin paralela" não existiu e que as informações dos serviços de inteligência não chegavam para ele. Já Ramagem acusou a Polícia Federal de "fazer alvoroço" em cima do caso. Segundo ele, as conclusões da PF têm "ilações rasas e conjecturas".


Por sua vez, o vereador Carlos Bolsonaro insinuou que a Polícia Federal agiu politicamente ao indiciá-lo. "Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!", postou o vereador na manhã de ontem. Ele foi indiciado por organização criminosa armada.


Vereador há 24 anos no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, o filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro, planeja, pela primeira vez, deixar o Estado berço do bolsonarismo para se candidatar a um cargo fora dos limites cariocas. O plano do líder do clã da zona oeste do Rio é que Carlos seja candidato ao Senado por Santa Catarina, onde venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mantém um dos governadores aliados.


O indiciamento não garante que os citados serão processados. O plenário do STF, que reúne os 11 ministros, decidirá por maioria simples se abre ou não uma ação penal contra os acusados. Se abrir, os 36 indiciados se tornarão réus, e a ação terá início. Ao final do processo, eles serão condenados ou absolvidos pelo Supremo.



Créditos: UOL

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