Pesquisa Datafolha sobre o tarifaço é questionada por não somar os percentuais do clã Bolsonaro
- Jason Lagos
- 17 de ago.
- 2 min de leitura

O Datafolha tem recebido críticas nas redes sociais após a divulgação da sua pesquisa que avalia culpas atribuídas pela população ao tarifaço de Donald Trump ao Brasil.
O levantamento aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o maior percentual individual de culpa, 35%; enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responde por 22%; e o filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro, por 17%.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aparece com 15% da culpa atribuída pela população. Outros 3% dizem que nenhum deles é culpado, enquanto 1% diz que todos têm culpa. Os 7% restantes não souberam responder.
Com os resultados apresentados, surgiram críticas nas redes sociais pelo instituto não ter somado os percentuais de Jair e Eduardo Bolsonaro, mas apresentado-os individualmente. Se somados, eles atingem 39%, ultrapassando o percentual de Lula. Na leitura desses críticos, a soma apontaria que a população culpabiliza mais o clã Bolsonaro do que o presidente Lula.
A reportagem da Folha de S.Paulo que apresenta o resultado da pesquisa, publicada no sábado, 16, no entanto, apresenta para os leitores a soma dos valores dos ex-presidente e de seu filho. Apoiadores de Jair Bolsonaro, por sua vez, rebateram nas redes que a soma de Lula e Moraes atinge 50%.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém índices estáveis de avaliação, segundo o Datafolha. De acordo com o levantamento, 40% dos brasileiros classificam a gestão federal como “ruim” ou “péssima”, o mesmo percentual registrado na sondagem de julho.
Já a aprovação oscilou dentro da margem de erro: 29% avaliam o governo como “bom” ou “ótimo”, ante 28% no mês anterior. A parcela que considera a administração “regular” caiu de 31% para 29%, enquanto 1% dos entrevistados preferiu não responder.
O Datafolha também perguntou diretamente sobre a atuação de Lula como presidente da República. Nesse recorte, 50% dos entrevistados desaprovam a forma como ele conduz o país, enquanto 46% aprovam.
O Datafolha ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios brasileiros entre os dias 11 e 12 de agosto para fazer a pesquisa. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Créditos: Revista Veja e UOL
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