Para manter PSD, Allan Carneiro encontra-se com André de Paula, mas corre risco de reação de Robson

O ex-futuro-candidato a prefeito do grupo Verde, Allan Carneiro, reuniu-se com o presidente estadual do PSD, ministro André de Paula, com o objetivo de manter sob seu controle a legenda pela qual disputou a eleição municipal de 2020.

Na visita ao presidente do PSD, Allan esteve acompanhado pelos vereadores Capilé da Palestina e, Zeba Climério e Nega da ONG, além do ex-vice-prefeito Dida de Nan, provável companheiro de chapa de Allan Carneiro na eleição do próximo ano.

O Partido Social Democrático, presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, é uma das principais legendas do Congresso brasileiro, tendo elegido, em 2022, 42 deputados federais, o mesmo número de deputados do MDB, ficando as legendas empatadas em quinto lugar no ranking dos partidos brasileiros.

A ida de Allan Carneiro à sede do PSD foi não apenas importante, mas necessária, tendo em vista a entrada da legenda no governo Raquel Lyra, de quem o prefeito Fábio Aragão tornou-se um fiel aliado. Nos bastidores locais, comenta-se a possibilidade do PSD ir parar nas mãos do prefeito.

Na eleição do ano passado, Allan Carneiro disputou uma vaga na Alepe pelo Cidadania, legenda que formou uma federação com o PSDB, partido da governadora Raquel Lyra, e que elegeu apenas 18 deputados federais no país, ficando em 8º lugar no quadro geral.

A manutenção do controle do PSD é importante para o grupo Verde, entretanto, isso abre um flanco para a contestação ideológica, já que o partido integra o governo Lula, ocupando o Ministério da Pesca e Aquicultural, comandado justamente por André de Paula, que há muito abandonou o figurino macielista, aliando-se a partidos e gestões de esquerda, a nível estadual e federal.

O encontro de Allan Carneiro e a cúpula do grupo Verde com o ministro do governo Lula abre, assim, uma oportunidade para o empresário Robson Ferreira contestar a legitimidade de uma eventual candidatura a prefeito de Allan, do ponto de vista da linha ideológica defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que quer distância de aliados do Partido dos Trabalhadores e do governo petista .