Moro critica indiciamento de Bolsonaro e compara com caso de Lula
- Jason Lagos
- 5 de jul. de 2024
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O ex-juiz da operação Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), criticou nesta 5ª feira (4) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela PF (Polícia Federal) no caso da venda das joias sauditas.
O congressista comparou o caso ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também teve o recebimento de presentes internacionais questionado durante a Lava Jato.
“Lula não foi indiciado por peculato por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência. Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares”, declarou em seu perfil no X (ex-Twitter).
No ano de 2016, a Polícia Federal encontrou uma sala-cofre em uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, que guardava bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acervo estava guardado em 23 caixas lacradas desde janeiro de 2011 – mês em que o petista deixou a Presidência.
No total, havia 133 itens, incluindo joias e obras de arte que o ex-presidente recebeu de outros governantes enquanto estava no cargo. Entre os itens encontrados no cofre estava um crucifixo barroco. A obra esculpida por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, desapareceu do Planalto depois da mudança de Lula.
A PF indiciou nesta 5ª feira (4) Bolsonaro (PL) e outros 11 aliados no caso das joias. A corporação concluiu haver indícios dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
As joias foram dadas como presente por governos estrangeiros para Bolsonaro enquanto estava no Palácio do Planalto. Depois, foram vendidas a joalherias nos Estados Unidos por aliados do ex-presidente. Em 4 de abril de 2023, o kit de joias completo foi entregue à Caixa Econômica Federal.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta 5ª feira em seu perfil no X (ex-Twitter) que o indiciamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo caso das joias demonstra a “perseguição declarada e descarada” contra o antigo chefe do Executivo.
“Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU [Tribunal de Contas da União] questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário! Aí o grupo de PFs, escalados a dedo para a missão, indicia a pessoa”, declarou. A publicação foi compartilhada pelo seu irmão e deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Já o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) disse que tem vergonha “dessa Polícia Federal” em seu perfil no X (ex-Twitter). “o sistema é bruto e seus vassalos são piores ainda", acrescentou.
Créditos: Poder360 e Revista Veja




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