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Missa do Vaqueiro pode mudar de nome e ser privatizada por meio de um projeto de lei

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 25 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

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Patrimônio imaterial de Pernambuco, conforme validou o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a Missa do Vaqueiro, realizada em Serrita desde 1970, está na iminência de sofrer um golpe, na verdade um estrupo cultural violento. Por iniciativa do prefeito Aleudo Benedito (MDB), a Câmara de Vereadores vota, hoje, projeto que transforma o evento em Festa de Jacó.


O nome da instituição que promove a Missa do Vaqueiro é uma homenagem ao seu idealizador. O evento faz parte, há muito tempo, do calendário turístico do Estado. Realizada a céu aberto, a missa se dá em sufrágio da alma de Raimundo Jacó, tendo como cenário o Parque Nacional do Vaqueiro, no sítio Lajes, zona rural de Serrita.


A celebração teve origem a partir da comoção causada pelo assassinato impune do vaqueiro Raimundo Jacó, encontrado morto em Julho de 1954 no sítio Lages. João Câncio, então pároco de Serrita, em uma de suas andanças pelas comunidades rurais da paróquia, ao passar pelo local onde o cadáver de Jacó havia sido encontrado, foi informado do crime que ali ocorrera e da comoção que ele causara no seio da comunidade.


Visando a sufragar a alma do vaqueiro morto, o padre planejou um ato de desagravo e protesto pelo assassinato impune. Com o auxílio do cantor Luiz Gonzaga (que era primo do falecido e o havia homenageado com a canção ‘’A Morte do Vaqueiro’’), juntamente com o repentista Pedro Bandeira, os vaqueiros de Serrita participaram da primeira missa em 19 de Julho de 1970.


Além da cerimônia religiosa, ocorre vaquejada, cavalgada, pega de boi, feira de artesanato, show de forró, exposição e muito mais.


Localizado a 30 quilômetros da sede da cidade de Serrita, o Parque Estadual do Vaqueiro pertence à Empetur, mas teve seu uso cedido ao poder municipal em 2021.Segundo a fundação João Câncio, o prefeito Aleudo estaria se aproveitando do fato da prefeitura ter a concessão de uso do Parque Estadual do Vaqueiro para tentar se apropriar da festividade e mudar o nome da missa para Festa de Jacó, inclusive privatizando o espaço do evento.


Em um artigo da Lei enviada à Câmara de Vereadores consta que a Festa de Jacó será realizada pelo município, “sendo facultado ao poder executivo a formalização de convênios e parcerias com entidades e instituições, públicas ou privadas, visando a realização parcial ou total do evento". 


Créditos: Blog do Magno e Blog do Elielson

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