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Michelle se fortalece e derrota acordo apoiado por filhos de Bolsonaro

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • há 42 minutos
  • 3 min de leitura
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Michelle conseguiu se impor na disputa com Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro e fazer valer a sua posição


A crise instaurada no PL por causa da aliança com Ciro Gomes (PSDB) no Ceará fortaleceu a figura política da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, dizem deputados e senadores ouvidos pela coluna. Ela derrotou uma articulação defendida pelos filhos de Jair Bolsonaro e se colocou como a responsável por preservar o legado do bolsonarismo.


Em conversas reservadas, parlamentares de partidos da direita, incluindo do próprio PL, afirmam que ela conseguiu se impor na disputa com Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro e fazer valer a sua posição.


A legenda costurava um acordo pela vaga ao Senado com Ciro Gomes como o candidato ao governo; Michelle se posicionou publicamente contra o nome dele —um crítico contumaz à família Bolsonaro— e defendeu o senador Eduardo Girão (Novo) para o cargo no evento que lançou sua pré-candidatura.


A leitura da classe política é que, ao se colocar contra uma aliança puramente pragmática —que seria o acordo com Ciro Gomes — e defender uma candidatura ideológica, ainda que com menos força nas urnas (Girão), Michelle despontou como uma figura com o mesmo tipo de discurso que seu marido teve na campanha de 2018: antisistema e em defesa dos seus ideais.


Como resultado, dizem parlamentares, ela conseguiu dar ao PL maior caráter de "direita bolsonarista e "menos de centrão". Ontem, após uma reunião para discutir a crise, o PL oficialmente suspendeu a negociação da aliança com Ciro Gomes.


Para minimizar o desgaste provocado pela crise familiar, o PL vai se valer da narrativa de que o que ocorreu no Ceará foi um malentendido por falta de alinhamento partidário e da dificuldade de fazer articulações sem falar diretamente com Jair Bolsonaro, que foi detido em prisão domiciliar em agosto e agora cumpre pena por tentativa de golpe de Estado.


O evento do lançamento da candidatura de Girão já estava marcado há semanas e tinha a ex-primeira-dama como figura confirmada. Michelle estava no Ceará em 22 de novembro, quando Bolsonaro foi alvo de prisão provisória por queimar a tornozeleira eletrônica. Voltou a Brasília e, durante a semana, foi consultada por Girão sobre a possibilidade de cancelar sua presença no evento ou de adiar o lançamento da candidatura. Ela manteve o compromisso.


A sua presença foi entendida por parlamentares como um sinal de que ela estava em acordo com o marido. Michelle visitou Jair Bolsonaro já preso, antes de viajar novamente para o Ceará.


Um político presente no evento se disse surpreso com o desenrolar da história: de que os filhos de Bolsonaro discordavam da posição da madrasta e que isso indica que não está claro quem é o porta-voz de Jair Bolsonaro.


Os filhos do ex-presidente criticaram Michelle em público. Ela respondeu com um texto sem atacar os enteados. Na manhã de ontem, após visitar o pai, Flávio disse que pediu desculpas para Michelle e que se acertou com ela.


Na parte da tarde, depois da reunião da cúpula do PL, o partido emitiu o comunicado sobre o fim da aliança com Ciro Gomes.


Girão se define como cristão, pró-vida e pró-família e contra o aborto e jogos de azar.  Para o Senado, Michelle defende o nome da vereadora Priscila Costa, enquanto o PL local fechou o acordo com Ciro Gomes, a fim de destinar a vaga a outra pessoa, o deputado estadual Alcides Fernandes, pai de André Fernandes.



Créditos: UOL


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