top of page

Mauro Cid diz que não falou 'a palavra golpe' em delação

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 30 de jan.
  • 2 min de leitura

Em gravação obtida pela revista Veja nesta quarta-feira, 29, o tenente-coronel Mauro Cid disse que nunca falou a palavra “golpe” em sua delação premiada. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro firmou o acordo com a Polícia Federal (PF) em agosto de 2023.


O áudio foi registrado no primeiro semestre de 2024. Nele, Cid criticou a forma com que suas confissões foram registradas pela PF e vazadas à imprensa. Em uma conversa tensa, Cid nega veementemente ter usado a palavra “golpe”, termo central nas investigações, e afirma que o termo foi inserido erroneamente na transcrição de seu depoimento.


“Eu não falei golpe uma vez! Não falei golpe uma vez!”, disse Cid, claramente irritado com o que considera um erro grave ou até uma manipulação.


O áudio reforça o que Cid declarou em uma gravação divulgada em setembro de 2024. Na ocasião, ele sugeriu que suas declarações à PF foram distorcidas para encaixar na versão dos investigadores. “Já tinham uma história pronta”, denunciou. “Não queriam saber a verdade, apenas que confirmasse o que queriam.”


A defesa de Mauro Cid pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que seja aberta uma investigação “a fim de identificar e punir” quem vazou a colaboração premiada do militar à imprensa.

 

“Tal vazamento ocorreu de forma criminosa, colocando em risco não só o colaborador e sua família, mas também a tranquilidade do andamento processual numa causa tão sensível e de interesse de todo o país”, justificaram os advogados em petição direcionada ao ministro Alexandre de Moraes.


Os depoimentos de Cid embasaram operações contra aliados de Bolsonaro, como a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente em sua chapa nas eleições de 2022. O militar foi detido em dezembro de 2024, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.


A delação de Cid, o que inclui os depoimentos e os vídeos dos interrogatórios, segue sob sigilo no gabinete de Moraes. A defesa de Braga Netto tentou obter acesso ao conteúdo da colaboração, mas o pedido foi negado pelo ministro.


A defesa de Bolsonaro criticou o vazamento da delação de Mauro Cid. Por meio de uma nota divulgada no último domingo, 26, os advogados disseram que, por não terem acesso à íntegra da delação, os “vazamentos seletivos” prejudicam seu trabalho.


Créditos: Revista Oeste e CNN

Comments


81 9.9937-2020

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2023 por Blog do Jason Lagos. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page