Mais de 100 deputados da base do governo Lula assinam urgência da anistia aos presos do 8 de janeiro

A oposição abandonou a obstrução e mudou de estratégia para destravar o projeto da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. O Partido Liberal (PL), sigla que lidera a mobilização, agora aposta em pressionar os deputados a assinarem requerimento de urgência para levar a matéria ao Plenário da Câmara dos Deputados. Dos mais de 200 signatários, ao menos 116 são de legendas da base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um levantamento do portal Metrópoles usou como base a lista dos parlamentares que já chancelaram o documento – atualizada até a noite dessa terça-feira (8). Caso o requerimento atinja 257 assinaturas (maioria absoluta de deputados) ou dos líderes que representem esse número de deputados, a matéria pode ir a Plenário sem passar pelas comissões da Câmara.

Os partidos da base do governo no Congresso Nacional que têm deputados como signatários do documento são MDB, União Brasil, Partido Social Democrático (PSD), Republicanos e Partido Progressistas (PP). Todas essas legendas garantiram ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas têm núcleos bolsonaristas.

• PP: 30 assinaturas;

• União Brasil: 29 assinaturas;

• Republicanos: 23 assinaturas;

• PSD: 17 assinaturas;

• MDB: 17 assinaturas.

Além desses partidos da base, apoiam a urgência parlamentares do Partido Liberal, Podemos, Novo, Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Renovação Democrática (PRD), Avante e Cidadania.

O Partido Liberal, desde o fim de março, tentava pressionar Hugo Motta a pautar a urgência da matéria. Entretanto, enquanto perdurou a obstrução, houve falhas na articulação, e a oposição não conseguiu paralisar totalmente os trabalhos na Casa.

O PL anunciou que decidiu suspender a obstrução que estava promovendo nas comissões e no plenário da Casa. “Estamos apostando no diálogo com os colegas parlamentares, que vêm se sensibilizando com essa pauta de justiça, de humanidade e de pacificação nacional”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Créditos: Metrópoles