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Líder do PT vê resultado de pesquisa do Estadão sobre anistia como ‘preocupante’ e planeja reação

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 27 de mar.
  • 2 min de leitura
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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT), diz que vê que o resultado do Placar da Anistia do Estadão, que mostra o número de apoios na casa ao perdão aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro, como “muito preocupante”.

 

Neste momento, 80% dos parlamentares já foram ouvidos. Desse grupo, 190 apoiam a proposição, 126 são contrários e 104 não quiseram responder. Ainda não responderam à enquete 93 congressistas.

 

Diante do cenário de apoios à proposta, Lindbergh diz que que quem apoiar a anistia está cometendo um “crime”. “Existem poucos motivos de prisão preventiva. É quando você atrapalha a investigação ou julgamento. A pessoa também não pode se escudar no mandato parlamentar para anular uma investigação em seu início, anistiando condenados. A pessoa que está fazendo isso está cometendo crime passível de prisão preventiva”, afirma.

 

O tema deverá ser a discussão principal na Câmara na próxima semana. O líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), se reunirá com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para falar sobre a anistia. Segundo Sóstenes, se a matéria não entrar na pauta a partir do dia 8 de abril, o PL entrará em obstrução, procedimento feito para atrapalhar as votações no Legislativo.

 

Também preocupa o líder do PT o texto do atual relatório da anistia, que poderia ajudar o ex-presidente Jair Bolsonaro, declarado réu nesta quarta-feira, 26, por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

 

A proposta encampada pelos aliados do ex-presidente é abrangente e não se restringe ao 8 de janeiro, o que pode mudar os rumos de outras investigações em curso na Justiça que miram atos antidemocráticos e tentativas de golpe.

 

O projeto sob relatoria do deputado Rodrigo Valadares (União-SE) quer anistiar “todos que participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 08 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos acima citados”. Essas brechas no texto podem favorecer Bolsonaro.

 

De acordo com Lindbergh, aprovar a anistia causaria uma nova crise com o Poder Judiciário e esse pode ser um dos principais argumentos que podem convencer Motta a recuar. 

 

Na 3ª feira (1º), pela manhã Hugo Motta se reunirá com líderes de partidos que apoiam a votação do texto, depois da viagem ao Japão. Motta disse ao líder do PL Sóstenes Cavalcante que quer ouvir as siglas para, juntos, decidirem se o projeto será discutido na reunião semanal com todos os líderes, realizada às quintas-feiras, que define a pauta da semana seguinte.

 

Se isso for confirmado, o líder do PL vai apresentar na 5ª feira (3) o requerimento para o texto ser votado com urgência na Câmara. O dispositivo faz com que a proposta seja analisada diretamente no plenário, sem passar por comissões temáticas.

 

Sóstenes Cavalcante estima que já tenha mais de 300 votos favoráveis quando o projeto for para o plenário.



Créditos: Estadão e Poder360

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