Líder do Partido Liberal quer ampliar obstrução na Câmara para forçar votação do projeto de anistia
- Jason Lagos
- 2 de abr.
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O Partido Liberal (PL) deve manter o movimento de obstrução total na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 2, caso o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) não dê um parecer positivo para a tramitação do PL da Anistia.
Ontem, com a pressão da oposição pela pauta da anistia, as atividades do plenário da Câmara foram encerradas com a votação de apenas uma Medida Provisória (MP). Na pauta do dia estavam previstas as discussões de nove projetos de lei e um requerimento de urgência.
Sóstenes afirmou, nesta terça-feira (01), que o movimento de obstrução iniciado na Câmara é uma “sinalização clara para o Brasil” de que o Partido Liberal não vai “tergiversar nem abandonar todas as pessoas que estão injustiçadas nos cárceres”.
O líder do maior partido na Casa sinalizou que a anistia já conta com o apoio do vice-líder do PSD, Reinhold Stephanes Junior, do presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, além do Partido Novo.
“Inclusive, estive falando com o presidente Ciro Nogueira, que se comprometeu pessoalmente comigo e com o presidente Bolsonaro de ligar para os parlamentares do partido para garantir 100% dos votos a favor da anistia”, esclareceu.
Sóstenes destacou o apoio do União Brasil, do Republicanos, do Podemos e do PSDB, além de “votos soltos” dentro de outros partidos da Casa.
“Nós temos votos dentro do MDB, nós temos votos no PRD, que é um partido pequeno, mas que temos votos ali também”, sinalizou. “Temos votos no Solidariedade. Então, nós vamos ter alguns votos nesses partidos todos. Não teremos o apoio dos líderes, mas votos soltos. E eu tenho convicção de que hoje nós teríamos mais de 310 votos para aprovar essa matéria.”
O líder do PL também destacou sobre a importância da obstrução como ferramenta para pressionar a votação do requerimento de urgência da anistia. Sóstenes afirmou que o partido Novo já está nesse movimento, mas que pode buscar mais apoio.
Sóstenes ressaltou que o “mecanismo de obstrução” não é “nada contra Hugo Motta”. “É para dar conforto a ele e para mostrar tanto à esquerda, que é contrária ao projeto, quanto ao Supremo Tribunal Federal, que não deveria ser, mas que talvez tenha opinião contrária à anistia, que essa narrativa de que não é preciso a anistia não é verdadeira”, disse.
“Todo o governo já sabe que eles perderam”, afirmou o líder, o qual disse que a esquerda só teria “120 votos cristalizados contra a anistia”. “O STF já tem essas informações. Então nós, o quanto antes possível, vamos dar a resposta a todos que precisam que a anistia seja votada na Casa”, finalizou.
O deputado federal Pedro Campos, líder da bancada do PSB na Câmara, partido que faz parte da base de Lula (PT), sugeriu indulto presidencial em vez de anistia aos condenados pela invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
A sociedade brasileira tem visto pessoas serem condenadas a 12, 14, 15 ou 17 anos de prisão. E por esse questionamento, o instrumento que existe e que poderia dialogar com essa questão das penas é o indulto presidencial, muito mais do que anistia, [instrumento] que não tem paralelo com esse ato", afirmou o deputado nesta terça-feira (01) ao UOL.
Créditos: Revista Oeste e UOL




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