Lula volta a chamar Bolsonaro de “psicopata” no discurso da Refinaria Abreu e Lima
- Jason Lagos
- 19 de jan. de 2024
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No seu longo e contundente discurso de improviso, nesta quinta-feira, na retomada da produção da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, o presidente Lula não esqueceu de seu principal opositor. Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, voltou a chamá-lo de “psicopata”.
Lula disse que Bolsonaro “é alguém que vive de mentira, alguém que vive de maldade, alguém que vive de ofender os outros”. E completou, sob aplausos da plateia: “como se ele e seus filhos fossem exemplo de família”.
O presidente da República salientou que seu primeiro ano de governo foi “de recuperação das coisas, de limpar o terreno”. Segundo ele, 2024 será o ano do início da colheita e a retomada da produção da Refinaria Abreu e Lima, “é a primeira árvore frondosa”.
Há 18 anos, quatro mil pessoas acompanharam os discursos inflamados dele e do então presidente venezuelano Hugo Chávez por mais de duas horas sob o sol de 35 graus em Ipojuca, para o lançamento daquele que seria o maior investimento da Petrobras em mais de 25 anos: a construção da refinaria Abreu e Lima (Rnest).
Após revirarem em concreto e posarem para fotos naquela sexta-feira, 16 de dezembro de 2005, o petista e o “amigo irmão”, como definiu o ditador sul-americano, selaram o início das obras da refinaria que se tornaria um dos maiores símbolos do mau uso do dinheiro público do País.
O que deveria ser o início da independência para o refino de petróleo brasileiro, se tornou um dos símbolos das investigações da Operação Lava Jato no escândalo do “petrolão”, um esquema de desvio de recursos da Petrobras. A obra foi alvo ainda de processos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Tribunal de Contas da União (TCU).
Com um custo inicial de R$ 7,5 bilhões, as obras do empreendimento – tocadas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão – consumiram quase R$ 60 bilhões. De acordo com a delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria da Silva, as obras na refinaria teriam rendido R$ 90 milhões em propinas a ex-executivos da estatal ligados ao PP, ao PT e ao PSB.
Créditos: Blog do Ricardo Antunes e Blog do Magno




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