Governo negocia trégua com União Brasil e PP e tenta manter ministros
- Jason Lagos
- 6 de out.
- 2 min de leitura

Os dois partidos ameaçam deixar definitivamente o governo esta semana com as saídas dos ministros
O Palácio do Planalto negocia uma trégua com o União Brasil e com o PP, dois partidos que ameaçam deixar definitivamente o governo nesta semana com as possíveis saídas de André Fufuca (PP), do Esporte e Celso Sabino (União), do Turismo (foto).
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse ter conversado sobre o assunto com o presidente da federação União Brasil-PP, Antonio Rueda.
Além dela, o próprio presidente Lula tratou do assunto com o líder do PP na Câmara, deputado Luizinho (RJ). Outros emissários do Planalto também debateram com a cúpula da federação uma trégua com o partido e consequente permanência dos ministros.
O presidente do PT, Edinho Silva, e o ministro da Previdência, Wolney Queiroz procuraram o presidente da legenda, Antonio Rueda, em busca de um acordo com que garanta um armistício entre o Planalto e partido.
O principal argumento utilizado pelos governistas, segundo fontes, foi o de que Lula deve vencer as eleições de 2026 e que é possível abrir negociações de palanques estaduais para apaziguar a relação.
Outro argumento utilizado foi o de que é necessário evitar que a tensão escale e se transforme em guerra, com prejuízos de ambos os lados, como as que tiveram Jader Barbalho e Antonio Carlos Magalhães, em 2000, e Roberto Jefferson e José Dirceu, em 2005.
Até agora, porém, o União Brasil trabalha com a ideia de manter apoio ao governo nas pautas legislativas de interesse comum, mas não pretende recuar na determinação de que seus filiados entregassem os cargos.
A cúpula do partido deu prazo para que Sabino deixe o cargo até terça-feira (7) e, se isso não ocorrer, haverá uma reunião na quarta para votar o parecer pela sua expulsão.
O ministro resiste, pois, tem pretensão de se candidatar ao Senado em 2026 e conta com a vitrine da COP de Belém, seu reduto eleitoral, para potencializar sua candidatura.
O PP exigiu que o deputado licenciado André Fufuca deixe a Esplanada e volte à Câmara até esta terça-feira (7), mas o titular da pasta tem pregado calma. Ainda pretende lutar pela permanência e diz a interlocutores que só começará a tratar de sucessão em último caso.
Créditos: CNN Brasil




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