Governo dos EUA reconhece vitória de Edmundo González na eleição da Venezuela
- Jason Lagos
- 2 de ago. de 2024
- 2 min de leitura

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Edmundo González venceu as eleições na Venezuela. González é o candidato da coalização de oposição a Nicolás Maduro, atual presidente venezuelano e que busca a reeleição para um terceiro mandato.
González foi escolhido pela Plataforma Democrática Unitária (PUD), a coalizão de oposição, para participar do pleito. A PUD alega fraude e afirma que seu candidato recebeu 6,72 milhões de votos, contra 2,75 milhões de Maduro —considerando cerca de 74% das atas das urnas.
"Dada a evidência esmagadora, é claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia recebeu a maioria dos votos na eleição presidencial de 28 de julho na Venezuela", diz o comunicado divulgado nesta quinta-feira (1º).
A Venezuela mergulhou em um impasse político e social após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o atual presidente, Nicolás Maduro, reeleito na eleição do último domingo, 28 de julho, e a oposição alegar ter havido fraude.
Diante do impasse, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência --incluindo Maduro e González, a comparecerem nesta sexta-feira (2) para começar a auditoria da eleição.
No entanto, integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro e são alinhados a ele. O CNE, órgão eleitoral, também é dirigido por um aliado de Maduro.
A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, escreveu um artigo no jornal Wall Street Journal nesta quinta-feira (1º) em que pede apoio à comunidade internacional em relação aos resultados das eleições venezuelanas.
Machado volta a afirmar que pode provar que o presidente declarado vitorioso na disputa segundo o conselho eleitoral, Nicolás Maduro, foi derrotado pelo opositor Edmundo González.
“Ele perdeu de forma esmagadora para Edmundo González , 67% a 30%. Sei que isso é verdade porque posso provar. Tenho recibos obtidos diretamente de mais de 80% das seções eleitorais do país”, escreve Machado no artigo.
Ela acrescenta que está escondida após a contestação dos resultados, temendo por sua vida: “Escrevo isso escondido, temendo pela minha vida, pela minha liberdade e pela dos meus compatriotas da ditadura liderada por Nicolás Maduro”.
Machado conclui seu artigo pedindo apoio à comunidade internacional: “Agora cabe à comunidade internacional decidir se tolera ou não um governo demonstravelmente ilegítimo”.
Créditos: G1 e CNN Brasil




Comentários