Governistas veem 'tempestade perfeita' com aumento do diesel após 'crise do Pix' e alta de alimentos
- Jason Lagos
- 28 de jan.
- 2 min de leitura

Uma “tempestade perfeita” se abateu sobre o governo no primeiro mês de 2025, lamentam aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação surgiu a partir da constatação de que o reajuste no diesel discutido pela Petrobras vem no pior momento possível, quando o Palácio do Planalto ainda tenta contornar dois problemas que afetaram a popularidade presidencial: a “crise do Pix” e a alta nos preços dos alimentos.
Era para janeiro ter marcado uma virada na “sorte” do governo, com a expectativa positiva gerada pela troca no comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. A chegada de Sidônio Palmeira à Secom, no início da segunda metade do mandato de Lula, foi pensada para ser um “ponto de virada”, com foco nas eleições de 2026. Mas o marqueteiro, desde que assumiu o cargo, tem lidado com uma crise atrás da outra.
Governistas dizem que, apesar do aumento da avaliação negativa de Lula, os preços dos combustíveis – que pouco têm variado desde que Magda Chambriard assumiu a presidência da Petrobras – eram um dos poucos trunfos do Planalto para agradar à população. Ainda que o temor maior seja um eventual reajuste na gasolina, o diesel impacta o custo do transporte, que afeta os preços de bens como os alimentos.
A discussão sobre os combustíveis vem na semana seguinte à polêmica frase do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que falou em intervenções para reduzir os preços dos alimentos, e depois recuou.
A base aliada afirma que o principal motivo da queda na popularidade presidencial, demonstrada pela pesquisa Quaest divulgada na segunda-feira (27), foi a “crise do Pix”, gestada a partir de uma medida da Receita Federal que foi alvo de críticas por conta da perspectiva de monitoramento da renda dos trabalhadores autônomos, através do meio de pagamento.
A avaliação corrente é de que o ajuste na comunicação do governo já está sendo feito, mas também é preciso ter ações concretas.
Créditos: Estadão




Comentários