Foto de Geraldo Alckmin com bandeira de apologia à transexualidade infantil viraliza no Twitter

Uma foto do vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), segurando uma bandeira com a inscrição "Minha Criança Trans" viralizou na internet no último sábado (22), ao ser publicada no Twitter do General Heleno.

A publicação surpreendeu muita gente, por conta da imagem de católico conservador cultivada há décadas pelo vice-presidente, que inclusive é membro da Opus Dei, uma organização católica considerada como de direita no espectro político.

A mudança radical no pensamento de Geraldo Alckmin no terreno dos costumes, da qual a imagem do próprio com a bandeira tornou-se símbolo, foi antecedida pelo "cavalo de pau" observado em sua carreira política, ao aceitar compor com PT e seu líder maior, Lula, do qual veio a ser vice.

Apesar de só agora ter viralizado na internet, a foto foi produzida no dia 31 de janeiro deste ano, quando o vice de Lula recebeu, no Palácio do Planalto, em Brasília, membros do Programa Estadual Rio Sem LGBTIfobia e entidades nacionais de defesa e promoção dos Direitos LGBTI+, "para dialogar sobre políticas públicas federais para a promoção LGBTI+da cidadania LGBTI+".

No encontro, foi pedido o apoio de Alckmin para fortalecer a garantia da participação do movimento social na elaboração, implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas voltadas para o segmento. O vice-presidente assumiu o compromisso de "fazer interfaces com os ministérios no sentido fortalecer essa agenda por direitos e para orientar a transversalidade, a interseccionalidade e a intersetorialidade nessas políticas".

A inscrição impressa na bandeira segurada por Alckmin remete ao livro "Minha Criança Trans?", da autora Thamirys Nunes, e sugere uma origem genética para a transexualidade.

Apenas dois dias antes do encontro do vice-presidente com os representantes LGBT no Palácio (foto abaixo), o portal G1 informava que "tualmente, 380 pessoas identificadas como trans fazem transição de gênero gratuitamente no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Desse total, 100 são crianças de 4 a 12 anos de idade, 180 são adolescentes de 13 a 17 anos e 100 são adultos a partir dos 18 anos". Os grifos são nossos.