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Enfermeira britânica é condenada a prisão perpétua pelo assassinato de 7 bebês

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 21 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

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Um tribunal britânico anunciou nesta segunda-feira (21) a sentença de prisão perpétua para a enfermeira Lucy Letby, 33, condenada pelo assassinato de sete bebês recém-nascidos e por tentar matar outros seis na unidade neonatal em que trabalhava na cidade de Chester, no noroeste da Inglaterra.


Ao proferir a decisão, o juiz responsável pelo caso afirmou que Letby não manifestou sinais de arrependimento. "Foi uma operação cruel, calculada e cínica, com o objetivo de assassinar crianças", disse o magistrado James Goss. "Havia uma maldade profunda que beirava o sadismo em suas ações."


Letby se recusou a comparecer ao tribunal para ouvir a sentença. Ao longo do processo, ela se declarou inocente e disse que as mortes foram causadas pelas más condições de higiene do hospital. O premiê britânico, Rishi Sunak, afirmou que considerava "uma covardia" quando os que cometiam crimes horrendos não enfrentavam as vítimas.


A enfermeira foi detida em 2018, acusada de matar os bebês ao aplicar injeções de insulina e de ar, que pode causar embolia gasosa. Ela também alimentava os recém-nascidos à força com leite. Todas as acusações dizem respeito a crianças com menos de um ano. Os crimes ocorreram em 2015 e 2016.


Durante as investigações, policiais encontraram textos escritos pela enfermeira em que ela incriminava a si mesma.


"Eu os matei de propósito, pois não sou boa o suficiente para cuidar deles", diz uma anotação em um diário apreendido por policiais depois que a mulher foi presa. "Sou má, fiz isso", afirma, com letras maiúsculas, em outro trecho.


Os detetives ainda encontraram na residência documentos e anotações com referências às crianças envolvidas no caso. Ela também pesquisou na internet dados sobre os responsáveis pelos bebês mortos.


"Ela agiu de maneira totalmente contrária aos instintos humanos normais e em flagrante violação da confiança que todos os cidadãos depositam nos profissionais de saúde", disse o juiz Goss no tribunal de Manchester. Ele acrescentou que não havia atenuantes para a imposição de uma pena menos grave.


Letby foi considerada inocente de duas tentativas de assassinato, e o júri não conseguiu chegar a uma conclusão sobre outros seis ataques suspeitos. Alguns dos bebês assassinados eram gêmeos. Em um caso, ela matou os dois irmãos; em outro, matou um e falhou ao tentar assassinar o segundo.


As ações de Letby vieram à tona em janeiro de 2015. Na época, médicos do hospital Countess of Chester, onde ela trabalhava, ficaram alarmados com o número de mortes consideradas suspeitas ou descritas como inexplicáveis na unidade em que bebês prematuros ou doentes eram tratados.


Sem conseguir descobrir os motivos das mortes, os médicos acionaram a polícia. Após investigações, Letby, que era responsável pelo cuidado dos bebês, foi apontada como autora dos crimes e descrita pela acusação como uma "presença malévola" no hospital.


Uma investigação sobre a morte de 15 bebês foi iniciada em maio de 2017 e depois expandida. Descrita pela promotoria como calculista, com métodos "intencionalmente discretos para quase não deixar rastros", Letby teria enganado colegas, fazendo-os acreditar que as mortes eram um "golpe de azar".


O governo britânico anunciou a abertura de uma investigação independente para esclarecer as circunstâncias por trás dos "horríveis assassinatos". Já a polícia continua analisando outros casos de mortes de bebês para identificar se houve mais vítimas.


Créditos: Folhapress

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