Em depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro afirma que não importunou baleia
- Jason Lagos
- 28 de fev. de 2024
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Em depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (27), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que andava de moto aquática quando uma baleia surgiu, que não sabia que era crime chegar perto e que não teve intenção de incomodar ou interferir na rota do animal.
A oitiva é parte de uma investigação sobre um possível crime de "importunação intencional" a uma baleia-jubarte em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo.
Ainda segunda a defesa, a expectativa é que o inquérito seja encerrado, uma vez que o ex-presidente teria tomado todas as precauções necessárias em relação à baleia.
Bolsonaro é acusado de incomodar o animal durante uma viagem a São Sebastião, litoral paulista, entre 16 e 17 de junho de 2023. De acordo com investigadores, ele pilotava uma moto aquática que, ainda em movimento, teria se aproximado intencionalmente do animal por cerca de 15 metros, o que é proibido por lei. Em vídeo publicado nas redes sociais, Wajngarten aparece o acompanhando.
Conforme a legislação brasileira, “molestar de forma intencional qualquer espécie de cetáceo” (mamíferos mais adaptados a ambientes aquáticos, como baleias e golfinhos) é uma infração administrativa contra o meio ambiente.
A portaria nº 117 do Ibama, de dezembro de 1996, acrescenta que “é vedado a embarcações aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor ligado a menos de 100 metros de distância do animal".
“Considerando que as imagens foram feitas a partir de outra embarcação e é possível identificar que há uma única pessoa na moto náutica, que está pilotando e gravando um vídeo no celular ao mesmo tempo.
Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Marília Soares Ferreira, que acompanha o caso.
Essa é a 7ª vez que Bolsonaro presta depoimento à PF desde que deixou a presidência. Já deu explicações sobre o 8 de Janeiro, a suspeita de golpe de Estado, o apoio de empresários em acampamentos nos quartéis-generais, as joias sauditas e a adulteração de cartões de vacinação.
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