Eduardo Bolsonaro é vetado pelo Centrão como candidato da direita ao Planalto
- Jason Lagos
- 21 de abr.
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Partidos do Centrão, o grupo político que dá as cartas no Congresso, não querem nem ouvir falar em Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como candidato à Presidência da República em 2026.
Lideranças de direita e centro-direita ouvidas pela coluna de Roseann Kennedy, do Estadão, são unânimes em defender que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - inelegível e com risco de ser preso - deve transferir seu capital político a um aliado, mas que tenha outro sobrenome.
O preferido, admitem, é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Entretanto, outros chefes de executivos estaduais também estão no páreo.
Procurado pelo Estadão, Eduardo não comentou. O deputado pediu licença do mandato em março. É cada vez mais disseminada na direita a sensação de que ele não voltará dos Estados Unidos.
Políticos do Centrão reclamam que o filho 03 de Bolsonaro não tem articulação política e "ninguém conversa com o Eduardo".
Por tabela, temem que, eventualmente eleito, ele teria confrontos com o Congresso e promoveria retaliações, "algo que nem Bolsonaro fez, apesar das polêmicas", ressaltam.
A avaliação é que Tarcísio, chegando ao Planalto, seria o único bolsonarista com condições de articular pelo indulto do ex-presidente, no caso de ele ser condenado e preso.
O governador consegue reunir apoio de diversos setores políticos, do empresariado e ainda tem bom trânsito com autoridades do Judiciário. Já se o escolhido for Eduardo Bolsonaro, a leitura é de que será impossível falar em pacificação.
Caso Bolsonaro repita o presidente Lula e só indique um substituto em agosto, líderes da direita avaliam que a incerteza na eleição será muito grande e pode beneficiar o petista.
Créditos: Estadão




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