top of page

Câmara dos Deputados aprova em dois turnos a reforma tributária

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 7 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

ree

O texto da reforma tributária foi aprovado em definitivo pela Câmara dos Deputados no início da madrugada desta sexta-feira (7).


A votação do segundo turno foi chancelada com 375 votos favoráveis e 113 contrários.


Ao todo, foram votados sete destaques no primeiro turno e apenas um no segundo turno – todos rejeitados.


O texto-base já havia sido aprovado em primeiro turno com 382 votos a favor, 118 contra e 3 abstenções.


Após aprovação em primeiro turno, os parlamentares chancelaram a inclusão da emenda aglutinativa — que integra ao texto outras emendas —, proposta pelo relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).


O parecer final mudou a “alíquota reduzida” do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA). Para os setores beneficiados, que não pagarão o valor “cheio, a cifra será equivalente a 40% do IVA (anteriormente era de 50%).


Além disso, foram apresentadas as regras para o Conselho Federativo, que será responsável por gerir o IBS — imposto subnacional que resultará da fusão entre o ICMS e o ISS.


Para atender a demanda de governadores do Sul e Sudeste, o relator definiu que as decisões do Conselho vão precisar ser aprovadas por representantes que correspondam a mais de 60% da população do país.


A fim de contemplar grandes municípios, o relator definiu que a composição do Conselho vai levar em consideração a população.


Treze dos 27 assentos aos quais os municípios têm direito vão ser preenchidos levando em conta este critério.


Também benefício dos municípios, o texto prorroga até 2032 a desvinculação de 30% das receitas municipais e amplia as possibilidades de aplicação dos recursos da contribuição para iluminação pública (COSIP).


A redação ainda cria um “fundo” para fomentar o desenvolvimento de atividades econômicas no Amazonas. Além disso, indica que o Imposto Seletivo (IS) vai tributar bens fabricados em outras regiões do país que também sejam produzidos na Zona Franca de Manaus — garantindo incentivo às operações da ZFM.


O novo parecer também incluiu itens e setores entre os que vão pagar alíquota reduzida do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Produtos voltados à saúde menstrual e dispositivos para pessoas com deficiência (PCD) foram incluídos, por exemplo.


Com o parecer do relator, a matéria também passou a prever a revisão anual das alíquotas do IVA para impedir o aumento da carga tributária.


O texto é um substitutivo às Pecs 45 e 110, que tramitaram no Congresso e foram alvo de discussões no Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Tributária da Câmara.


A implementação de um IVA dual — ou seja, dividido entre dois impostos, um nacional (CBS) e outro subnacional (IBS) — que substitua cinco tributos hoje existentes (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) é a espinha dorsal da proposta.


Especialistas estimam que este novo tributo unificado deve ser de 25%, mas a alíquota não está definida e será regulamentada após estudos da Receita Federal. A cifra deverá ser suficiente para manter a arrecadação com proporção do PIB atual.


Os setores, produtos e serviços que terão alíquota diferencial, que vai equivaler a 40% da tarifa “cheia” do IVA são os seguintes:

  • Serviços de educação;

  • Serviços de saúde;

  • Dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência;

  • Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;

  • Serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário, ferroviário e hidroviário, de caráter urbano, semiurbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual;

  • Produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura;

  • Insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoa;

  • Produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais.

Créditos: CNN Brasil

Comentários


81 9.9937-2020

  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2023 por Blog do Jason Lagos. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page