Críticas de João Campos ao governo Lula deixam PT pernambucano calado, mas PSOL reage
- Jason Lagos
- 3 de jul.
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Atualizado: 3 de jul.

Mergulhado na eleição interna marcada para o próximo domingo, quando serão escolhidos os novos dirigentes municipais e estadual do partido, o PT de Pernambuco ainda não se manifestou sobre as críticas recentes feitas pelo prefeito João Campos ao Governo Lula à respeito do último embate com o Congresso que derrubou o decreto do presidente que aumentava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Movimentações Financeiras).
Nesta quarta-feira (2), no entanto, um partido aliado do PT, o PSOL, através do pré-candidato a governador, de Pernambuco, o ex-vereador do Recife Ivan Moraes, criticou o fato de nove dos quinze deputados federais do PSB, do qual Campos é presidente nacional, terem votado pela derrubada do decreto do presidente.
Moraes citou as frases de João à imprensa nacional criticando a falta de articulação do Governo e o fato de Lula ter recorrido ao litígio, quando acionou o STF em busca de derrubar a decisão congressual por considerá-la ilegal.
Ivan Moraes é um conhecido adversário de Campos ao qual fazia oposição na Câmara do Recife, mas o silêncio petista, citado por um crítico do PT como “ensurdecedor”, tem uma explicação. Neste momento a legenda no Estado trava uma luta de vida ou morte de suas correntes para controlar o PT/Recife, quase todo comprometido com o prefeito e fazendo parte de sua administração com duas secretarias.
Há também o receio de qualquer deslize vir a prejudicar o senador Humberto Costa, candidato preferencial de Lula a senador e a principal liderança da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil) que disputa, em pé de igualdade, com os atuais dirigentes da legenda na capital, umbilicalmente ligados ao PSB.
É possível que contados os votos no próximo domingo a coisa mude de figura, caso a CNB vença no Recife. A corrente tem tudo para eleger presidente estadual o deputado federal Carlos Veras, que, mesmo sendo de uma corrente especifica, tem lutado para reunir em torno de si todas as lideranças possíveis com o objetivo de fortalecer o projeto de revitalização das bases petistas, que se dissiparam nas últimas eleições.
Fora isso, todos têm consciência de que a aliança PT/PSB é muito importante para ruir diante de críticas de Campos a Lula. A ordem geral é, por enquanto, calar.
Créditos: Blog Dellas




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