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“Chantagem do governo fracassou”, diz Carla Zambelli sobre pedido de impeachment contra Lula

  • Foto do escritor: Jason Lagos
    Jason Lagos
  • 1 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura


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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), autora do mais recente pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que, até agora, não foi procurada por nenhum parlamentar querendo retirar assinatura da lista que visa a apear do cargo o chefe do Executivo. “A tentativa de chantagem do governo fracassou”, disse.


Na terça-feira (27), durante reunião com a base governista, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), deu prazo até esta quinta-feira (29) para que parlamentares de partidos que compõem ministérios retirem as assinaturas do documento. A interpretação foi a de que cargos regionais e liberação de emendas parlamentares possam estar em jogo.


Legendas como MDB, PP, Republicanos, PSD e União Brasil participam diretamente do governo com ministérios e mesmo assim há deputados apoiando o pedido de impeachment contra Lula, motivado pelas declarações dele comparando o holocausto nazista às respostas do governo de Israel em Gaza.


Entretanto, essas siglas são heterogêneas e possuem parlamentares neutros ou de oposição. E são justamente esses que endossaram a iniciativa de Zambelli.


Segundo a deputada, o documento está com 144 assinaturas e deve ser protocolado até esta sexta-feira (1º). Ela criticou a ameaça de retalição: “A tentativa de pressão do governo é um resgate de velhas práticas petistas, como o mensalão e o petrolão. Só mostra que eles não mudaram nada. Porém, dessa vez encontram um parlamento forte, que não cederá a esses absurdos. Nenhuma assinatura foi retirada”.


O Planalto ainda avalia que “providências” tomar com aliados que assinaram um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


O ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira (28) que deputado que assina impeachment de Lula não quer participar do governo.


O número de assinaturas em um pedido de impeachment não tem efeito prático, apenas simbólico. Pela lei, qualquer cidadão pode requisitar a destituição do presidente da República.


Dois presidentes eleitos após a redemocratização do país foram alvo de pedidos de impeachment e acabaram destituídos, Fernando Collor (1992) e Dilma Rousseff (2016).


Para que ocorra o impeachment, porém, é preciso, em primeiro lugar, autorização para a tramitação pelo presidente da Câmara, que hoje é aliado de Lula.


Além disso, a história mostra ser necessária uma confluência de fatores externos que incluam crise econômica, pressão popular nas ruas, desaprovação acentuada do governo e falta de uma base de apoio mínima no Congresso.

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