Bolsonaro vive perseguição judicial, diz Milei em evento conservador em SC
- Jason Lagos
- 8 de jul. de 2024
- 3 min de leitura

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou durante discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada neste domingo (7) em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está vivendo uma “perseguição judicial”.
“O socialismo é terrível, os governos que resistem terminam sendo rechaçados pela sociedade ou violando a liberdade para se manter no poder. Eles estão dispostos a distorcer as regras. Veja o que passou na Venezuela, uma ditadura sanguinária, veja o que passou na Bolívia em 2019, veja a perseguição judicial que nosso amigo Bolsonaro está passando aqui no Brasil”, afirmou.
Milei subiu ao palco aos gritos de “Lula ladrão seu lugar é na prisão”. Estava ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem se referiu como “amigo”, do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, do senador catarinense Jorge Seif (PL), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), de sua irmã e secretária-geral da Argentina, Karina Milei, do porta-voz Manuel Adorni e do ministro da Defesa argentino, Luiz Alfonso Petri.
A despeito de críticas recentes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Milei não citou seu homólogo brasileiro. Recentemente, Lula afirmou que Milei deveria pedir desculpas por ter dito “muita bobagem”. Em seguida, o chefe de Estado Argentino reiterou considerar que o presidente brasileiro é “corrupto”.
Esta é a primeira vez que Milei vem ao Brasil desde que tomou posse como presidente da Argentina. Ele foi recebido por Jair Bolsonaro e sua família no último sábado (6), e não se encontrou com Lula.
Durante discurso no evento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que enfrenta mais de 300 processos atualmente: “Apesar de a Polícia Federal ter ido 3 vezes à minha casa, na casa de meus filhos. Hoje tenho 300 e poucos processos ainda”, disse Bolsonaro.
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu anistia para os presos pelos atos do 8 de Janeiro de 2023. O filho do ex-presidente Bolsonaro afirmou que lutará para libertar os condenados, dizendo que é preciso reparar essa “injustiça”.
“Temos que corrigir essa injustiça. Eu me comprometo, como deputado ou qualquer cargo que assuma, a lutar pela anistia de todos os injustiçados pelo 8 de Janeiro no Brasil“, afirmou.
Durante o discurso de Eduardo, foi projetado no telão da Cpac uma imagem com a palavra: Anistia. Ao lado, foram colocadas fotos e nomes de presos pelo 8 de Janeiro, com destaque para Cleriston Pereira da Cunha, preso nos atos e que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, em novembro de 2023.
Eduardo citou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao afirmar ser uma mentira o discurso de tentativa de golpe.
“Nós só não somos otários de engolir essa balela do Alexandre de Moraes, que tenta dizer que eles prendem senhoras de 71 anos como Iraci Nagoshi, que está com uma condenação de 14 anos de cadeia. Uma senhora que é incapaz de arremessar uma pedra sendo tratada como terrorista”.
Eduardo Bolsonaro voltou a dizer que seu pai, Jair, não teve uma concorrência justa nas eleições de 2022, insinuando uma censura do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em prol da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Disse que a direita global avançará caso Donald Trump volte à presidência dos Estados Unidos e defendeu o presidente argentino, Javier Milei, pelas críticas que recebeu por ter atacado Lula.
Créditos: Poder360




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